O telescópio espacial Spitzer da NASA descobriu dois sistemas solares hipergigantescos cercados por discos de pó cósmico que são o primeiro indícios da formação de planetas, anunciou nesta quarta-feira o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês).
Um comunicado do JPL indicou que a descoberta foi uma surpresa para os astrônomos que consideravam que esse tipo de estrelas não reuniam as condições para a formação de planetas.
- Estas estrelas de enorme massa são tremendamente candentes e brilhantes e se caracterizam pela violência de seus ventos, o que torna muito difícil a criação de planetas - disse Joel Kastner, do Instituto Rochester de Tecnologia e autor do estudo que será publicado na sexta-feira na revista "Astrophysical Journal Letters".
Segundo os astrônomos, os discos de pó cósmico são o primeiro indício de uma futura formação de planetas.
Nosso próprio sistema solar está cercado por um anel de escombros planetários, chamado de Cinturão de Kuiper, que inclui partículas, cometas e outros corpos, alguns quase tão grandes como o planeta Plutão.
O comunicado do JPL destacou que o telescópio Spitzer detectou os anéis de pó cósmico em torno das estrelas identificadas como R 66 e R 126, localizadas na galáxia da Grande Nuvem Magalânica, que é a vizinha mais próxima da Via Láctea.
As estrelas são 30 e 70 vezes maiores que o nosso sol e os astrônomos supõem que os discos de pó cósmico têm uma massa dez vezes superior a que existe no Cinturão de Kuiper.
Mas as estrelas com uma massa tão enorme com as de R 66 e R 126 não têm uma vida muito longa em termos astronômicos e consomem o combustível que lhes dá vida em alguns poucos milhões de anos terminando por desaparecer em uma enorme explosão chamada supernova, segundo os cientistas.
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