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Equipe de limpeza remove óleo no litoral do Mississippi: mau tempo deve atrasar solução para o vazamento no Golfo do México | Joe Raedle/Getty Images/AFP
Equipe de limpeza remove óleo no litoral do Mississippi: mau tempo deve atrasar solução para o vazamento no Golfo do México| Foto: Joe Raedle/Getty Images/AFP

Gastos

Petroleira não tem previsão de custos

Agência Estado

Estimar os custos finais que a British Petroleum (BP) terá com o vazamento de petróleo do poço de Macondo, no Golfo do México, só será possível após o vazamento ser interrompido, disse o encarregado das operações de limpeza e diretor-gerente da companhia, Bob Dudley.

"É difícil falar sobre um limite preciso para as indenizações enquanto o vazamento no Golfo continua", afirmou Dudley.

Segundo o diretor, a BP tinha se comprometido em reservar US$ 20 bilhões em uma conta especial para pagar por prejuízos financeiros e outras reclamações decorrentes do vazamento do poço, que tem despejado petróleo no mar do Golfo desde que a plataforma Deepwater Horizon explodiu e afundou, em abril. Dudley acrescentou que esses US$ 20 bilhões não são um limite e que a empresa já pagou US$ 138 milhões em indenizações até agora.

O furacão Alex, que ontem foi reduzido à categoria de tempestade, se transformou no fator que as tarefas de limpeza do petróleo que se espalha pela superfície do Golfo do México temiam. Os ventos e ondas causados pela tempestade obrigaram a petroleira BP a adiar a implantação de um terceiro sistema de coleta do óleo, além de suspender as atividades de queima controlada, uso de dispersantes químicos e instalação de barreiras na superfície marítima.

O mau tempo ameaça também jogar mais água contaminada na costa sul dos EUA, região que tem sofrido grandes prejuízos econômicos e ambientais por causa do vazamento, que já está em seu 73.º dia.

O presidente dos EUA, Barack Obama, deve se reunir hoje com autoridades para avaliar a situação, segundo a Guarda Costeira. Na quarta-feira, o secretário (mi­­nistro) do Interior, Ken Salazar, disse em audiência parlamentar que um dos dois poços auxiliares que estão sendo escavados no lo­­cal do acidente ainda vai levar vá­­rias semanas para chegar ao vazamento. Os poços devem interromper e tampar a tubulação danificada. A BP não interrompeu a es­­cavação dos poços auxiliares du­­rante a passagem do furacão.

Danos

A passagem do furacão Alex pelo Golfo do México provocou a interrupção de 21,39% da produção de petróleo e 13,7% da produção de gás natural nas plataformas existentes na região, informou o Es­­critório de Gerência, Regula­­men­­tação e Fiscalização de Ener­­gia Oceânica dos EUA (Boemre).

Em março, a produção de energia estimada para o Golfo do México foi de 1,6 milhão de barris de petróleo e 6,4 bilhões de pés cúbicos de gás por dia, explicou o escritório em um co­­municado. Ontem, o furacão foi rebaixado para a categoria de tempestade tropical, mas atingiu a maior parte do norte do México e paralisou a cidade de Mon­­ter­­rey. Pelo me­­nos duas pessoas morreram quando rios secos se encheram de água e estradas se transformaram em corredeiras.

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