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As intensas chuvas que caíram na manhã desta terça-feira (2) em Buenos Aires , capital argentna, deixaram pelo menos seis mortos e 300 desabrigados após atingir vários bairros da capital argentina, afetando cerca de 350 mil moradores, que também sofrem com cortes de energia, confirmaram fontes oficiais. O titular do Sistema de Atendimento Médico de Emergências (SAME) de Buenos Aires, Alberto Crescenti, confirmou cinco mortes em entrevista coletiva e que a Justiça o notificou de outro falecimento pelo temporal.

No entanto, o secretário de Segurança da Argentina, Sergio Berni, informou minutos antes à imprensa local que o número de mortos pode subir para oito, dado que não foi confirmado por Crescenti. Berni responsabilizou o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, pela falta de obras pluviais na cidade que, segundo sua opinião, determinaram as enchentes em várias regiões da capital, principalmente nos bairros do norte.

Mas o próprio Macri, em entrevista coletiva, disse que essas obras ainda não foram feitas porque o governo argentino não autorizou o financiamento necessário. O prefeito de Buenos Aires disse que as chuvas desta terça, com 185 milímetros, são um "recorde", a segunda maior precipitação desde 1906.

Macri confirmou que 300 pessoas devem ser evacuadas e que o temporal afetou cerca de 350 mil moradores. As chuvas diminuíram durante a tarde de hoje, mas o Serviço Meteorológico antecipou que novas chuvas devem acontecer nas próximas horas, mas que não serão tão fortes como as da manhã de hoje.

Devido ao temporal, alguns setores da cidade também sofrem com cortes de eletricidade, de forma preventiva, segundo as empresas distribuidoras de energia. EFECinco pessoas morreram como consequência da forte chuva que atingiu Buenos Aires no início da madrugada desta terça-feira (2).

A tempestade provocou alagamentos, cortes no fornecimento de energia elétrica e caos no trânsito. Entre os bairros mais atingidos estão Palermo, Belgrano e Nuñez, no norte da cidade.

Mortes

Um homem de 40 anos, funcionário do metrô, morreu eletrocutado enquanto caminhava nos trilhos da estação Los Incas. Segundo o porta-voz da Associação Sindical de Trabalhadores do Metrô, Enrique Rossito, um disjuntor que poderia ter evitado o acidente falhou. Uma mulher de 80 anos, vítima de afogamento, foi encontrada em sua casa no bairro Mitre. Um homem com cerca de 80 anos também foi encontrado em sua casa, vítima de uma parada cardíaca. Outras duas vítimas, um homem e uma mulher, também morreram afogados. O diretor do Sistema de Atenção Médica de Emergência, Alberto Crescenti, pediu que as pessoas evitem sair de suas casas nas regiões alagadas por perigo de eletrocutamento. Uma das linhas do metrô foi interrompida, e outras cinco apresentavam problemas na circulação dos trens.

Os canais de TV locais mostraram que em algumas regiões da cidade, carros foram arrastados pelas águas, e muitos bairros permaneciam sem eletricidade. "Essa quantia de água foi uma coisa extraordinária. Sabemos que algumas ruas normalmente inundam, mas há lugares com muita água e sem registro prévio de outras inundações", afirmou o diretor-geral de Defesa Civil da cidade, Daniel Russo.

A chuva também afetou municípios da região da Grande Buenos Aires, como Tigre, Ituzaingó, Olivos e José León Suárez, também provocando inundações. O Serviço Meteorológico Nacional prevê que as tempestades durem até sexta-feira.

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