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A escalada de tensão provocada pela crise na Ucrânia gerou turbulências nos mercados financeiros hoje. Investidores buscaram diminuir exposição a ativos de risco em busca de opções tidas como mais seguras.

Tropas russas tomaram o controle de um terminal de balsas que liga a Ucrânia com a Rússia no leste da Crimeia. Há indicações de que a região já esteja tomada por soldados russos e o temor é de uma expansão para o resto do território ucraniano.

Bolsas refletiram a piora do sentimento e passaram a registrar perdas na maior parte do mundo. Cotações de matérias-primas ligadas aos países envolvidos na crise também foram afetadas.

A Bolsa da Rússia recuou mais de 11% hoje, em reflexo ao tombo de mais de 20% em ações de companhias ligadas aos setores de mineração e construção.

A crise se alastrou por outros emergentes. Na Polônia, o principal índice de ações recuou quase 5% e a moeda oficial caiu para o menor nível em três semanas.

Os mercados europeus também caiam. A Bolsa alemã chegou a recuar 3%, a da França 2,5%, e a britânica cerca de 2%, afetadas sobretudo pelas companhias com exposição ao mercado russo.Na Ásia, o principal índice de ações recuou 0,93% e a Bolsa japonesa caiu 1,27%.

"A escalada da crise na Ucrânia representa um grande choque para a confiança em relação a ativos de maior risco", afirmou o chefe de mercados emergentes do Societe Generale, Benoit Anne.

A Rússia é também um importante fornecedor de petróleo e gás para a Europa e o temor é que as tensões com a Ucrânia possam afetar a oferta.

O preço do barril de petróleo subiu mais de 2% e atingiu a maior cotação do ano diante das preocupações. O ouro, considerado um refúgio em tempos de instabilidade, avançou 1,3%.

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