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Manifestantes arremessaram pedras contra a polícia durante um protesto pela morte de um jovem árabe israelense por forças de segurança | Gil Eliyahu/Efe
Manifestantes arremessaram pedras contra a polícia durante um protesto pela morte de um jovem árabe israelense por forças de segurança| Foto: Gil Eliyahu/Efe

Pelo menos 20 jovens palestinos de cidadania israelense foram presos ontem pela polícia em uma crescente onda de protestos da minoria árabe em Israel, depois da morte de um jovem árabe israelense por forças de segurança israelenses em uma cidade na Galileia.

"O nível de alerta da polícia subiu ao nível três nas localidades árabes de Israel, onde foram mobilizados reforços de centenas de homens", afirmou o porta-voz da polícia. O nível máximo é o de número 4.

O episódio da morte de Jeir Hamdan, 22, que tentou impedir a prisão de um amigo em Kfar Kana, no norte de Israel, ameaçando os oficiais com uma faca, deixou a polícia em estado de alerta por temor de que a tensão vivida em Jerusalém se propague para as localidades árabes de Israel.

As forças de segurança realizaram disparos de advertência antes de atirar diretamente contra ele, acrescentou a fonte. Hamdan morreu enquanto era levado para o hospital. Um vídeo de uma câmera de vigilância mostra quando o jovem ataca um carro da polícia, batendo contra uma das janelas. Segundo a polícia, ele carregava uma faca. Em seguida, os agentes saem do carro e Hamdan tenta fugir. Um policial dispara várias vezes e o jovem cai no chão. Ele é arrastado pela polícia para dentro do carro e levado para o hospital.

A família da vítima denunciou o que chamou de "assassinato a sangue frio", uma acusação retomada pela imprensa palestina. O centro jurídico de defesa dos direitos da minoria árabe, Adalah, taxou a morte de "execução", rejeitando a versão da polícia de que teria realizado disparos de advertência.

Protestos

Cerca de 2,5 mil pessoas se manifestaram ontem na localidade onde vivia a vítima e foi convocada uma greve geral do comércio. Manifestações e protestos ocorreram de forma intermitente pela manhã em centros universitários, cruzamentos e vias de aldeias árabes, estendendo-se por dezenas de aldeias à tarde.

"Cargo: ser um árabe. Sentença: a morte ", dizia um dos cartazes que os manifestantes seguravam em um protesto na cidade Universidade de Haifa habitada por ambas as comunidades.

Também a Universidade de Tel Aviv e outros centros acadêmicos foram cenário de concentrações de estudantes árabes que agitavam bandeiras e fotos da vítima, identificada como shahid (mártir) palestino.

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