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Soldados ucranianos chegam a Artemivsk após serem expulsos por rebeldes em Debaltsevo | Gleb Garanich/Reuters
Soldados ucranianos chegam a Artemivsk após serem expulsos por rebeldes em Debaltsevo| Foto: Gleb Garanich/Reuters

Acusação

Países ocidentais dizem que a Rússia está por trás do avanço rebelde, tendo mobilizado soldados com armamento sofisticado para o leste da Ucrânia para lutar em nome dos separatistas. Rebeldes dizem que Debaltsevo é o único lugar onde o cessar-fogo não se aplica.

Negativa

Moscou, que nega a acusação, patrocinou uma resolução da ONU que pediu a todos os lados que interrompam os combates, mas jamais criticou os rebeldes por tomarem Debaltsevo. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a Ucrânia deveria permitir a rendição de suas tropas.

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A violência retornou ao leste da Ucrânia nesta quinta-feira (19), apesar dos esforços para ressuscitar o frágil cessar-fogo. Na quarta, separatistas pró-Rússia desdenharam da trégua e expulsaram milhares de soldados do governo da cidade estratégica de Debaltsevo.

As nações ocidentais se recusaram a desistir do plano de paz negociado na semana passada em Minsk, capital de Belarus, embora os rebeldes o tenham desconsiderado para tomar o crucial entroncamento ferroviário de Debaltsevo.

Milhares de tropas ucranianas sitiadas se retiraram da cidade na quarta-feira, numa das piores derrotas do governo de Kiev na guerra de 10 meses que já matou mais de cinco mil pessoas.

Autoridades da Europa e dos Estados Unidos expressaram a esperança de que agora o cessar-fogo entre em vigor. Os rebeldes, que lutam pelo território que o Kremlin chama de "Nova Rússia", detiveram seu avanço, já que conquistaram seu principal objetivo em Debaltsevo.

Mas os disparos de artilharia ainda choviam sobre a localidade, e os militares ucranianos disseram que soldados estavam sob fogo rebelde em outras partes.

Jornalistas em Vuhlehirsk, cidade sob controle dos separatistas ao norte de Debaltsevo, relataram que a artilharia atingia a área, embora com menos intensidade que no dia anterior.

Autoridades militares locais afirmaram que os rebeldes lançaram ataques de morteiro contra posições do governo mais ao sul, perto da cidade costeira de Mariupol.

Negociações

Líderes europeus concordam em reforçar cessar-fogo

Os líderes de França, Alemanha, Ucrânia e Rússia concordaram durante uma conversa telefônica nesta quinta-feira (19) em fazer um novo esforço para impor o acordo de cessar-fogo na Ucrânia do dia 12 de fevereiro, disse em comunicado o gabinete do presidente francês, François Hollande.

Os quatro condenaram os descumprimentos do cessar-fogo nos últimos dias e concordaram que o pacote de medidas acertado em Minsk, capital de Belarus, deve ser implementado "por inteiro e estritamente".

Perigo

O secretário de Defesa britânico, Michael Fallon, afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, representa um "perigo real e presente" para a Estônia, Letônia e Lituânia, e a Otan se prepara para repelir qualquer agressão possível.

Fallon declarou que Putin poderia lançar uma campanha de táticas encobertas para tentar desestabilizar as três ex-repúblicas soviéticas. "Estou preocupado com a sua pressão sobre os países bálticos, a maneira como ele está testando a Otan. A Otan tem de estar pronta para qualquer tipo de agressão da Rússia, seja qual for", afirmou.

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