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Terminou sem um vencedor a primeira votação para presidente da Alemanha no Parlamento. Haverá uma segunda rodada ainda hoje. Christian Wulff, candidato de chanceler Angela Merkel, obteve mais votos, mas não conseguiu a maioria necessária na assembleia de 1.244 membros. O cargo de presidente é basicamente cerimonial na Alemanha, mas a eleição tem sido acompanhada pelo fato de ser um teste para Merkel.

Os partidos de centro-direita da coalizão governista têm maioria de 21 votos, controlando 644 cadeiras. É preciso uma maioria simples de 623 votos na segunda votação. Na terceira, vence quem tiver mais votos. Wulff obteve 600 dos 1.242 votos depositados. Seu principal oponente, Joachim Gauck, ficou com 499 votos.

A chanceler esperava que o resultado indicasse que o país está inclinado a dar uma segunda chance ao governo, em meio a uma queda sem precedentes de seu apoio entre a população. Analistas acreditam que o fracasso do candidato dela pode marcar o início do fim do período de Merkel à frente da maior economia da Europa.

Quatro candidatos se apresentaram para a votação secreta na Assembleia Nacional, que inclui representantes da Câmara dos Deputados e dos 16 Estados alemães. Principal candidato da oposição, Gauck é popular mesmo dentro da coalizão de centro-direita que governa o país. Os oposicionistas, porém, não chegaram a um consenso sobre um candidato único e com isso Wulff deve vencer.

Merkel assumiu seu segundo mandato há oito meses, à frente da atual coalizão de centro-direita. Os alemães, porém, estão frustrados com a administração, que recentemente apresentou um plano de austeridade prevendo o corte de 80 bilhões de euros em gastos para os próximos quatro anos. O plano foi criticado como socialmente injusto, mesmo por parlamentares da própria coalizão.

Além disso, os partidos governistas perderam no mês passado uma eleição crucial no mais populoso Estado da Alemanha, Reno Westfalia do Norte. Com isso, a chanceler perdeu a maioria na Câmara Alta, que precisa aprovar leis importantes.

O governo está quase sempre nas manchetes dos jornais por divergências internas sobre cortes de gastos, taxas de juros, seguro-saúde e o futuro da energia nuclear. As informações são da Dow Jones.

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