Paris - A humanidade pode respirar um pouco mais aliviada: nem Mercúrio, nem Marte, nem Vênus devem se chocar com a Terra pelos próximos 3,5 bilhões de anos, segundo um estudo sobre a evolução do Sistema Solar publicado pela revista científica britânica Nature.
Com a ajuda de um computador, os astrônomos Jacques Laskar e Mickael Gastineau, do Observatório de Paris, simularam 2.501 cenários possíveis de evolução das trajetórias destes planetas, concluindo de que há 99% de chances de que a Terra e seus três vizinhos mais próximos continuem girando ao redor do Sol sem colidir durante os próximos 3,5 bilhões de anos.
Os astrônomos já sabem calcular o movimento dos planetas com bastante precisão há muito tempo, com centenas e até milhares de anos de antecedência é assim que são calculadas as datas dos eclipses, por exemplo.
Mas olhar tão adiante no futuro da mecânica celestial com exatidão ainda está além de nosso alcance, afirmou Laskar. "As mais precisas soluções de longo prazo para o movimento orbital do Sistema Solar não valem para muito além de algumas dezenas de milhões de anos", estimou.
AFP
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Ao se esquivar de sapatos, Bush contribuiu para a Ciência
Washington - Ao se esquivar dos sapatos que foram atirados contra ele, em dezembro de 2008, em Bagdá, o ex-presidente norte-americano George W. Bush (20012009) fez uma contribuição inesperada para a Ciência. Os reflexos de Bush e do premier iraquiano, Nouri al-Maliki, que estavam lado a lado no palco, comprova uma teoria de que existe duas vias independentes no sistema visual humano, segundo artigo publicado na revista Current Biology.
"Quando lançamos duas bolas com trajetórias muito similares contra alguém, elas podem parecer iguais para seu sistema de percepção, mas o cérebro calcula de forma automática qual representa uma maior ameaça e desencadeia uma manobra de evasão, inclusive antes que a pessoa se dê conta do ocorrido", afirmou Jeffrey Lin, um dos autores do estudo. Isso explicaria por que al-Maliki não se mexeu quando os sapatos foram jogados contra Bush.
Das agências
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Brasil terá 1.ª lista nacional de espécies invasoras até julho
O Brasil deve ganhar até o fim de julho a primeira lista nacional de espécies exóticas invasoras, que não são de origem brasileira, mas estão presentes em território nacional e representam uma ameaça a seres vivos naturais do Brasil, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
Entre os animais estrangeiros estão o mosquito africano Aedes aegypti, vetor da dengue, e o mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei), um molusco que vive em instalações submersas de usinas hidrelétricas e fábricas, impedindo seu funcionamento corretamente.
Segundo Bráulio Dias, diretor de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, o número de espécies na lista deve ser de cerca de 540 seres vivos, parecido com o número da lista anterior, de 2006.
A relação nacional deverá ser usada como base para a elaboração de um plano de combate às espécies exóticas e invasoras.
Da Redação, com agências



