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O número de mortos no terremoto de 7,6 graus na escala Richter que na quarta-feira abalou a Ilha de Sumatra, na Indonésia, subiu nesta quinta-feira para 1.100, segundo contagem da Organização das Nações Unidas (ONU).

A expectativa é de que o número aumente nos próximos dias, à medida que as equipes de resgates intensificarem as buscas sob os escombros da tragédia.

"Que não se subestime (o desastre). Estejamos preparados para o pior", disse o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, em visita a Padang, capital da Ilha de Sumatra e cidade mais próxima do epicentro do tremor (apenas 53 quilômetros).

Mais de 500 casas e prédios foram destruídos ou danificados, entre eles hotéis, escolas, hospitais e centros comerciais. O hospital público Djamil, de Padang, um dos danificados pelo tremor, não conseguia atender todas as vítimas e teve de improvisar leitos em barracas e ao ar livre, ao redor do edifício principal.

Grande parte dos esforços de resgate está concentrado num edifício de quatro andares, no centro de Padang, que ruiu no momento em que 30 crianças assistiam à aula em uma de suas salas Quatro estudantes foram encontrados com vida e seis corpos foram recuperados. Os pais dos alunos passaram a noite em vigília, acompanhando os trabalhos de busca.

"Ainda vejo o rosto da minha filha aqui na minha frente, nos meus olhos, na minha mente. Não posso dormir. Estou esperando aqui para vê-la de novo", disse uma mulher que se identificou apenas como Imelda e disse que a filha se chama Yolanda e tem 12 anos. "Ela é uma boa filha e é muito inteligente. Eu realmente amo ela. Por favor, Deus, ajude-a."

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estima que 33% dos desabrigados são crianças.

"Eu já estive em outros terremotos aqui antes, mas este foi o pior. Há sangue por toda parte e pessoas com membros amputados. Vimos os prédios ruindo e as pessoas morrendo", disse o americano Greg Hunt.

O tremor principal foi sentindo na Malásia e em Cingapura. Ao longo da noite (dia de quarta-feira no Brasil), réplicas de até 6,8 graus foram sentidas, aumentando o temor de novos desabamentos e deslizamentos.

O governo ordenou que todos as instalações militares indonésias mobilizem-se para ajudar na remoção dos escombros. O ministro da Economia da Indonésia, Sri Mulyani, disse ter alocado US$ 25 milhões para um fundo de ações emergenciais.

"Estamos sobrecarregados com as vítimas, a falta de água potável, de eletricidade e de telecomunicações", disse o prefeito de Padang, Fauzi Bahar. "Realmente precisamos de ajuda. Pedimos que as pessoas venham a Padang para retirar os corpos e ajudar os feridos."

A tragédia desta semana lembra o terremoto seguido de tsunami que matou 230 mil pessoas em 11 países em dezembro de 2004. Do total de mortos, 168 mil eram indonésios.

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