Londres - A polícia britânica libertou os seis homens que foram presos na sexta-feira sob suspeita de que tramavam um atentado contra o Papa Bento XVI, que esteve no país de quinta-feira a domingo. Não foi encontrada nenhuma prova contra eles. O jornal Sunday Mirror diz que a razão da prisão foi apenas uma piada contada no refeitório da empresa em que cinco dos seis trabalhavam como varredores de rua.
Segundo o jornal, os homens, supostamente muçulmanos, brincavam sobre matar o Papa. Um colega ouviu, achou que fosse sério e chamou a polícia, que foi à empresa e fez as prisões.
Apesar do susto, o Vaticano avaliou a visita de Bento XVI como "certamente positiva" e declarou que o Papa lidou com a crise de pedofilia com "clareza e eficácia".
Já o presidente da Conferência Episcopal alemã considerou ontem que a Igreja Católica "fracassou" ao não reagir adequadamente aos casos de abusos sexuais cometidos por padres.
"Sabemos que fracassamos", afirmou Robert Zollitsch em uma entrevista coletiva à imprensa na abertura de assembleia dos bispos alemães em Fulda, no oeste do país. "Demoramos demais para reconhecer" o que ocorreu, acrescentou.
A afirmação está em sintonia com o posicionamento do próprio Pontífice, para quem os abusos sexuais cometidos por padres "comprometem gravemente a credibilidade das autoridades da Igreja", conforme discurso de Bento XVI feito no domingo em Birmingham, antes de concluir sua visita ao Reino Unido.
A Igreja Católica vem enfrentando nos últimos anos uma série de denúncias de abusos sexuais de menores de idade cometidos por padres em todo o mundo.
Em Londres, Bento XVI se reuniu com cinco vítimas britânicas de pedofilia. Depois encontrou pessoas que trabalham na proteção dos jovens contra os abusos no ambiente eclesial, e expressou que esta constitui "uma parte importante da vasta resposta" da instituição quanto aos casos.
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