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Presidente da Nigéria, Bola Tinubu
Presidente da Nigéria, Bola Tinubu| Foto: Wikimedia Commons/Chatham House

Ao menos 45 mulheres foram sequestradas pelo grupo terrorista Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP) no nordeste da Nigéria.

O ataque dos terroristas ocorreu na última sexta-feira (1º) no território de Ngalan, no estado de Borno, perto da fronteira com Camarões, onde as mulheres estavam coletando lenha.

"As mulheres tinham saído do campo de deslocados internos em Ngala para buscar lenha quando foram encurraladas pelos terroristas do ISWAP, que levaram a maioria delas", disse nesta terça-feira (5) Muhammad Goni, líder da Força-Tarefa Conjunta Civil (CJTF), à Agência EFE.

A CJTF é um grupo civil armado de autodefesa que auxilia as Forças Armadas nigerianas na luta contra o chamado jihadismo.

"De acordo com nossos homens em Ngala, cerca de 45 das mulheres, das 60 que acabaram retidas, foram sequestradas pelos terroristas. Algumas escaparam e estão de volta ao campo de deslocados internos", disse Goni.

"Desde então, temos trabalhado com os militares para resgatar as mulheres sequestradas e negociar com os sequestradores", acrescentou o líder da CJTF.

A EFE tentou confirmar o episódio com o porta-voz da polícia do estado de Borno, Nahum Kenneth, mas não obteve resposta.

Entretanto, uma fonte militar, que pediu anonimato, confirmou o sequestro à EFE, mas não especificou o número de reféns.

"O ISWAP sequestrou algumas mulheres na semana passada, na sexta-feira. Mais tropas foram enviadas para a região do incidente para garantir o resgate das vítimas", disse.

O nordeste da Nigéria tem sido alvo do grupo jihadista Boko Haram desde 2009, violência que aumentou a partir de 2016 com o surgimento de sua dissidência, o ISWAP.

Ambos buscam impor um Estado de cunho islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

O Boko Haram e o ISWAP mataram mais de 35 mil pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, de acordo com dados do governo e da Organização das Nações Unidas (ONU).

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