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O homem que matou pelo menos 30 pessoas num dos dois tiroteios no campus da Universidade Técnica da Virgínia nesta segunda-feira estava vestido "quase como um escoteiro", afirmou uma mulher que sobreviveu deitando-se no chão da sala de aula e fingindo-se de morta. Erin Sheehan disse à rede CNN que o atirador era um homem jovem, que usava uma camisa de mangas curtas e um colete preto com munição. Ele espiou pela porta duas vezes antes de abrir fogo com uma arma preta, primeiro no professor e depois nos estudantes, contou Erin.

- Ele era muito silencioso - afirmou ela.

Erin foi uma dos quatro estudantes em sua aula de alemão que não foram atingidos. Havia 25 alunos na sala. Ela disse ainda que se jogou no cão e fingiu que estava morta depois que o atirador entrou pela porta pela primeira vez. Após cerca de 30 segundos, o homem retornou e voltou a abrir fogo, provavelmente porque ouviu barulhos na sala.

Erin foi testemunha do pior ataque da História contra universidades americanas. Outras duas pessoas foram mortas a tiros cerca de duas horas antes, por volta das 7h15m (hora local), num alojamento da universidade. O chefe da polícia da universidade, Wendell Flinchum, afirmou que ainda está sendo investigado se os dois incidentes têm ligação.

Muitos alunos criticaram a administração da universidade, afirmando que houve demora em informar a comunidade do campus sobre as primeiras mortes.

- Estou bastante ultrajado que alguém tenha morrido num tiroteio num alojamento às 7h e que o primeiro email a respeito não fizesse menção a interditar o campus, nenhuma menção a cancelar as aulas - afirmou o aluno Jason Piatt. - Eles só disseram que estavam investigando os disparos. Isso é bastante ridículo. Enquanto isso, enquanto mandavam esse email, mais pessoas eram mortas.

Na noite desta segunda-feira, Flinchum informou que há uma identificação preliminar sobre o atirador no Norris Hall, o prédio de engenharia, onde aconteceu o segundo incidente. Ele não quis dar mais detalhes. Segundo o "Jornal Nacional", citando informações da polícia, o homem se suicidou com um tiro na cabeça, que deixou seu rosto desfigurado.

De acordo com a CNN, uma fonte próxima à investigação disse que foram encontradas duas armas no local do crime.

Indagado sobre o motivo de o campus, que tem mais de 26 mil estudantes, não ter sido fechado após o primeiro tiroteio, o reitor da universidade, Charles Steger, respondeu que a polícia determinara que "foi um evento isolado naquele alojamento".

- Havia motivos para acreditarmos que o atirador tinha deixado o campus - acrescentou.

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