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Uma mulher que caminhava pela Ponte d'Alma no momento do acidente que matou a princesa Diana e Dodi al-Fayed afirmou nesta segunda-feira (22) que viu dois homens entrarem em um carro preto parado próximo à entrada do túnel e "desaparecer" no veículo.

Amel Samer, que prestou depoimento por videoconferência a partir de Paris na investigação judicial sobre a morte da princesa, disse que ficou surpresa de ver um carro parado próximo à entrada do túnel, já que era "estranho que houvesse um veículo parado na pista direita desta via expressa".

A mulher ressaltou que se deu conta da existência dos dois homens após ver o veículo acidentado e parar para ligar para os serviços de emergência.

"Foi então que vi dois homens que deixavam o arco formado pelos fotógrafos para se dirigirem ao carro preto que mencionei no início... Vi entrarem no carro e desaparecerem nele", acrescentou, em declarações citadas pela agência de notícias britânica "PA". O veículo era grande, possivelmente um Mercedes ou um Audi.

A testemunha, que viu as fotografias das fichas policiais dos pararazzi detidos no local do acidente, não reconheceu os dois homens entre as fotos.

Um deles, que usava uma câmera com uma lente objetiva, seria baixo, tinha cabelos curtos castanhos e usava óculos. O outro, de entre 30 e 40 anos, não usava qualquer câmera, segundo a testemunha.

A investigação judicial - requisitada pela lei britânica quando um cidadão do país morre de forma inesperada, violenta ou por causas desconhecidas - começou neste mês após ser adiada várias vezes e tentará determinar se a morte da princesa e do namorado, Dodi al-Fayed, foi fruto de uma conspiração ou de um acidente.

O pai de Dodi, Mohamed al-Fayed, dono das lojas de departamento Harrod's, continua convencido de que tanto seu filho quanto Lady Di foram vítimas de uma conspiração de alto escalão, que teria inclusive contado com a participação do marido da rainha Elizabeth II, o príncipe Philip, para impedir que os dois pudessem se casar.

Diana, Dodi e o motorista Henri Paul morreram quando o Mercedes no qual estavam bateu no túnel da Ponte d'Alma no dia 31 de agosto de 1997. O único ocupante do veículo que sobreviveu foi o guarda-costas, Trevor Rees-Jones.

Duas investigações policiais anteriores, uma realizada na França e outra no Reino Unido, concluíram que os três morreram em um acidente causado pelo fato de o motorista estar dirigindo em alta velocidade e sob a efeito de álcool.

Fotografias

As fotografias tiradas pelos paparazzi logo após o acidente que matou a princesa Diana há dez anos em Paris foram mostradas na quinta-feira (11) ao júri que investiga a sua morte. Segundo fontes judiciais, é possível ver nas fotos o momento em que o médico Frédéric Mailliez atende Lady Di no lugar do choque.

As imagens foram mostradas na sessão do dia 11 no Tribunal Superior de Londres, mas o juiz Scott Baker, que está à frente da investigação, disse que elas não serão divulgadas.

O inspetor Paul Carpenter, da Polícia Metropolitana de Londres, explicou ao júri as diferentes fotos tiradas imediatamente depois do acidente. Em uma delas, feita pelo fotógrafo Laslo Veres, é possível ver Diana no chão, na parte de trás do Mercedes.

A maioria das imagens é de negativos dos "paparazzi" confiscados pela Polícia.

Os 11 jurados estiveram em Paris nos últimos dias 8 e 9. Na capital francesa, o grupo passou pelos lugares visitados pela princesa na noite do acidente fatal.

Investigação

A investigação sobre a morte de Diana começou no último dia 2 e seu objetivo é determinar definitivamente como ela morreu. As sucessivas investigações sobre o caso feitas pela Polícia francesa e pela Scotland Yard concluíram que o acidente aconteceu porque Henri Paul dirigia alcoolizado.

No entanto, o pai de Dodi, Mohamed al-Fayed, não aceitou essas explicações e está convencido de que o casal foi vítima de um complô dos serviços secretos britânicos para impedir que a princesa pudesse se casar com seu filho por ser muçulmano.

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