Um antigo diretor jurídico do Ministério da Fazenda da Argentina, que é testemunha no caso pelo qual o vice-presidente, Amado Boudou, é investigado, disse ter recebido ameaças e fugiu do país. A testemunha é o antigo diretor de assuntos jurídicos Guillermo Capedevila.
Ele diz em uma carta pública que "as ameaças foram feitas a mim, na minha cara, por dois sujeitos desconhecidos em via pública e foram acompanhadas de perseguições em carros muito suspeitas que aconteceram repetidamente com a minha família em distâncias grandes na cidade de Buenos Aires e no interior".
A investigação ocorre por uma operação que aconteceu em 2010. O fisco do país pediu a falência de uma empresa gráfica em julho daquele ano. Mas dois meses depois, voltou atrás no pedido. Boudou, que na época era o ministro da Fazenda, ordenou que o órgão fiscal do governo desse uma moratória à empresa gráfica.
Um outro grupo de sócios assumiu o controle da empresa incluindo um que seria laranja do próprio Boudou, suspeita o Ministério Público. Em seguida, a companhia ganhou uma licitação do Banco Central para fabricar notas de cem pesos (R$ 27,40).
Capdevila havia testemunhado favoravelmente a Boudou e disse que não houve sugestão pró ou contra a moratória excepcional no caso da empresa gráfica.
Mas na última terça ele publicou a carta na qual relata o confronto com os desconhecidos e as perseguições e que já estava fora da Argentina, em um país não revelado.
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