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O ataque do jovem atirador alemão que matou 15 pessoas em uma escola causou momentos de desespero a atos de heroísmo entre professores e alunos, segundo testemunhas.

"Uma amiga minha ficou tão em pânico que pulou pela janela. Acho que ela quebrou o braço", contou uma aluna da escola, Luisa Santonasso, em entrevista à rede de TV norte-americana CNN.

Ela contou que uma professora da escola agiu de forma heroica e ficou na frente de uma aluna que ia ser alvejada pelo atirador. A professora acabou levando o tiro em seu lugar.

"Todos estavam chorando porque ninguém conseguia imaginar o que tinha acabado de acontecer", disse a estudante.

Vítimas mulheres

A polícia alemã informou que pelo menos 11 das 16 vítimas do ataque a tiros realizado por um ex-aluno em uma escola da cidade de Winnenden nesta quarta-feira (11) eram mulheres. Segundo as autoridades, ele não atirou indiscriminadamente, mas mirou na cabeça das vítimas.

O Ministério do Interior informou que o autor dos assassinatos era um adolescente de 17 anos, ex-estudante da escola, identificado como Tim K.

O rapaz era filho de um empresário e havia deixado a escola há dois anos, aparentemente com boas notas e sem que os professores notassem nada de anormal em seu comportamento.

Testemunhas disseram que o atirador estava vestido com um uniforme militar preto e disparou em pelo menos três salas de aula, sem falar nada antes. Treze pessoas morreram e cerca de dez ficaram feridas. Os mortos na escola foram oito alunas e um aluno com idades entre 16 e 17 e três professoras.

Um grande contingente policial isolou o colégio e o esvaziou, entre dramáticas cenas dos pais e demais familiares dos alunos, que foram ao lugar do massacre, assim que a notícia estourou na imprensa local e nacional.

Para tentar fugir, o adolescente sequestrou um motorista e o obrigou a conduzi-lo de carro em parte do caminho, liberando-o em seguida e continuando sozinho até chegar à concessionária de automóveis onde faria mais duas vítimas, antes de se matar, segundo a polícia.

Para alcançá-lo, foram mobilizadas centenas de policiais que usaram até helicópteros, na perseguição que terminou em Wendlinger, onde o último tiroteio deixou mais três mortos, incluindo o próprio Tim.

Enquanto o jovem assassino era cercado, a polícia revistava a casa de sua família, encontrando 18 armas, de posse legal.

"É inimaginável que, em apenas segundos, alunos e professores foram mortos", disse a chanceler Angela Merkel. "É um crime aterrador. É um dia de luto para toda a Alemanha."

O último caso semelhante no país ocorreu em novembro de 2006, quando um homem mascarado, com rifles e explosivos, atacou uma escola na cidade de Emsdetten, no oeste do país, ferindo 11 pessoas e depois cometendo suicídio.

Dois meses antes, um jovem de 22 anos havia assassinado o diretor de uma escola e ferido outra pessoa em Freising, perto de Munique, sul do país.

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