• Carregando...
Em Paris, ativista lembra os 50 anos do levante do Tibete contra o domínio chinês | Philippe Wojazer/Reuters
Em Paris, ativista lembra os 50 anos do levante do Tibete contra o domínio chinês| Foto: Philippe Wojazer/Reuters

Kangding, China - Policiais paramilitares e soldados chineses posicionaram-se em cidades no Tibete e no conturbado oeste da China ontem em alerta para possíveis distúrbios durante o 50º aniversário de um levante contra Pequim. Num pronunciamento para marcar a data, o dalai-lama declarou que o Tibete "vive o inferno na Terra sob o controle de Pequim".

A China procurou se antecipar aos problemas no aniversário do fracassado levante de 1959 e de uma onda de violentas manifestações realizadas por tibetanos no ano passado. Os soldados e policiais foram posicionados em diversas comunidades no Tibete para impedir a realização de protestos.

O clima em Lhasa, a capital do Tibete, era tenso ontem. O mesmo podia ser observado em outras cidades da região.

Na cidade indiana de Dharamsala, onde vive no exílio, o dalai-lama acusou a China de devastar o território himalaio em ações que provocaram a morte de centenas de milhares de pessoas. "Até hoje os tibetanos vivem com medo constante e as autoridades chinesas continuam suspeitando deles", disse o líder espiritual dos tibetanos ao denunciar a "brutal repressão" aos violentos protestos do ano passado.

O governador do Tibete, Champa Phuntsok, disse, em resposta, que as declarações do dalai-lama sobre as mortes de tibetanos são "mentiras puras e vilipêndio". Segundo ele, a população tibetana cresceu rapidamente sob o regime chinês, de 1,2 milhão em 1959 para 2,8 milhões em 2008.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]