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Confronto

Tiroteio após protesto contra reforma de Chávez

Estudantes da Universidade Central da Venezuela foram emboscados por um grupo de homens armados que usavam máscaras, identificados por testemunhas como integrantes de um grupo chavista

Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" (Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical)

Ao menos nove estudantes ficaram feridos -dois deles baleados - na quarta-feira em confrontos na Universidade Central da Venezuela (UCV) quando retornavam de protestos contra a reforma constitucional proposta pelo presidente Hugo Chávez. Eles foram emboscados por um grupo de homens armados que usavam máscaras, identificados por testemunhas como integrantes de um grupo chavista. O ataque fez da principal universidade do país um cenário de batalha campal, com estudantes sendo alvo de tiros, pedras, gás lacrimogêneo.

O diretor da Defesa Civil, Antonio Rivero, disse à rede Globovisión no local dos incidentes que pelo menos duas pessoas foram baleadas. A TV mostrou homens encapuzados atirando objetos contra salas da universidade, e outras pessoas, aparentemente alunos, fugindo. No entanto, Rivero retificou que não houve mortos, como havia informado inicialmente, e afirmou que o estado dos feridos era estável.

Testemunhas disseram à Globovisión que os agressores dispararam pistolas e jogaram cilindros de gás lacrimogêneo. Uma testemunha no local disse que os transeuntes não sabiam dizer como a violência começou.

O caso aumenta a tensão que cerca a polêmica proposta de reforma constitucional que, segundo Chávez, reforçará sua reforma socialista. Opositores, no entanto, dizem que a medida aumentará a concentração de poder nas mãos do presidente.

Após os incidentes iniciais, supostos seguidores de Chávez percorreram a área de moto fazendo disparos para o alto, segundo a testemunha.

Um venezuelano coloca fogo numa barricada colocada na universidade - Reuters O vice-reitor da UCV, Edgar Narváez, disse que conversou com o vice-presidente do país, Jorge Rodríguez, com o prefeito Juan Barreto e com o ministro. Ele informou que não permitiu o ingresso das forças de segurança no campus. Opositores temem que o governo possa usar o episódio como pretexto para enviar soldados às universidades que, segundo a lei, estão fora dos limites das forças de segurança.

Rivero disse ainda que a prioridade da Defesa Civil era garantir que as pessoas não envolvidas no incidente pudessem sair da área com segurança.

A Globovisión, que costuma representar a voz da fraca oposição a Chávez, disse que o governo não deveria usar o incidente como pretexto para uma ocupação militar de campus universitários, o que seria uma violação à lei que lhes garante autonomia.

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