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Daschle vai ajudar Obama no cumprimento da promessa de ampliação da cobertura do seguro-saúde | Chris Wattie / Reuters
Daschle vai ajudar Obama no cumprimento da promessa de ampliação da cobertura do seguro-saúde| Foto: Chris Wattie / Reuters

O ex-senador democrata Tom Daschle aceitou o convite do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, para ser secretário de Saúde e Assistência Social da futura administração, disseram nesta quarta-feira (19) fontes do Partido Democrata. Daschle foi um dos primeiros políticos do partido a manifestar apoio à candidatura Obama, no começo das primárias. Ele foi senador por seu estado natal, Dakota do Sul, durante quatro mandatos, entre 1987 e 2004.

Obama anunciou nesta quarta-feira (19) oficialmente quatro integrantes do seu futuro staff na Casa Branca, informou o site Político. Daniel Axelrod, estrategista chefe da campanha eleitoral, será conselheiro sênior junto ao presidente. Gregory Craig será indicado conselheiro da Casa Branca. Lisa Brown, ex-conselheira do ex vice-presidente Al Gore, será secretária do staff, enquanto Christopher Lu, que era diretor do escritório de Obama no Senado, será o secretário de gabinete.

Embora o anúncio de Daschle não tenha sido formalizado, as fontes disseram que Daschle seguramente ocupará o cargo, a menos que ocorra uma descoberta imprevista durante a revisão dos seus antecedentes pela equipe de transição de Obama.

Daschle foi líder da bancada democrata durante vários anos no Senado. Neste ano, ele foi um assessor próximo de Obama durante a campanha. Há alguns meses, ele publicou um livro do qual foi co-autor, "O que Podemos Fazer sobre a Crise no Sistema de Saúde".

Enquanto isso, um alto funcionário da Secretaria de Justiça na administração Bill Clinton, Eric Holder, está cotado para ser secretário de Justiça do governo Obama. Holder auxiliou o então candidato democrata a selecionar seu companheiro de chapa, Joe Biden.

Segundo uma pessoa próxima ao processo de seleção, Obama já ofereceu "informalmente" o posto a Holder. Ele teria aceitado, segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato.

O nome de Holder ganhou força quando o posto de diretor de orçamento da Casa Branca foi oferecido a Peter Orszag, que dirige o escritório de orçamento do Congresso. Orszag aceitou a função, segundo dois funcionários democratas. "Peter é um cara brilhante", elogiou ex-diretor da agência de prestação de contas do governo.

Na função que ocupava até então, Orszag enfocou duas prioridades para o presidente eleito: o custo crescente dos planos de saúde e o custo do controle do aquecimento global.

Auxiliares de Obama afirmaram na terça-feira que Holder, vice-secretário de Justiça entre 1997 e o fim da administração Clinton, é a escolha provável para encabeçar a Secretaria de Justiça. Mas segundo eles o posto não foi formalmente oferecido, nem aceito. Holder não quis comentar o tema. Outros cotados para o cargo são a governadora do Arizona, Janet Napolitano, e o governador do Massachusetts, Deval Patrick.

Ainda que considerado o favorito para o cargo, Holder inicialmente mencionou considerações familiares e temores sobre o processo de confirmação, segundo pessoas envolvidas no processo.

Um possível empecilho seriam alguns perdões concedidos por Clinton, em especial um para o fugitivo bilionário Marc Rich. Testemunhos no Congresso apontaram que Holder disse à Casa Branca que era "neutro, tendendo a" conceder o perdão a Rich.

Holder nasceu em Nova York e é formado em Direito pela Universidade Columbia. Como número 2 da Secretaria de Justiça, divulgou diretrizes que se tornaram guias para casos de crimes corporativos. Os textos foram revisados algumas vezes, a mais recente delas neste ano, após reclamações de que instauravam táticas persecutórias contra réus de colarinho branco.

Hillary Clinton

Fontes democratas envolvidas no processo de seleção revelaram também que o ex-presidente Clinton ofereceu uma série de concessões, para ajudar sua mulher, Hillary Clinton, a conseguir o posto de secretária de Estado. Segundo os envolvidos, que falaram sob condição de anonimato, Clinton concordou em divulgar o nome de vários doadores de sua fundação de caridade.

Além disso, o ex-presidente teria concordado em submeter futuros doadores a uma rígida revisão ética. Clinton também se afastaria da administração da entidade enquanto Hillary chefiar a chancelaria dos EUA, de modo a evitar conflitos de interesses. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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