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Mais de 140 pessoas ficaram feridas e 200 foram presas em confrontos entre policiais e grupos de homófobos durante a parada do orgulho gay realizada neste domingo (10) em Belgrado, capital da Sérvia, segundo o serviço hospitalar de emergência local.

Milhares de policiais foram mobilizados para permitir que a parada ocorresse, mas inúmeros conflitos foram registrados com manifestantes que tentaram ultrapassar os cordões de isolamento. Vários carros foram queimados ou danificados, lojas foram saqueadas e tiveram os vidros estilhaçados, latas de lixo foram reviradas e sinais de trânsito destruídos

Os manifestantes, gritando "morte aos homossexuais", lançaram coquetéis molotov, tijolos, pedras e garrafas de vidro na direção dos policiais, que, por sua vez, usaram gás lacrimogêneo e veículos blindados para dispersar a multidão.

Grupos sérvios de direita alegam que os eventos gay são contrários aos valores familiares e religiosos do país. Muitos dos manifestantes de hoje eram jovens torcedores de futebol, entre os quais se infiltraram neonazistas e outros extremistas.

O ministro do Interior, Ivica Dacic, afirmou que a policia estima em 6 mil o número de pessoas envolvidas no conflito contra 5,6 mil policiais. Ele elogiou a polícia por "evitar que houvesse um derramamento de sangue ainda maior".

A parada gay deste domingo foi vista como um importante teste para o governo da Sérvia, que afirma ser comprometido com a proteção dos direitos humanos, enquanto busca fazer parte da União Europeia. Grupos de direita realizaram uma marcha em 2001 e forçaram o cancelamento do evento no ano passado. "Isso Foi sem dúvida uma mensagem política, uma tentativa de desestabilizar o país e este governo", disse o analista político Miljenko Dereta. "Os desordeiros tinham suporte político."

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