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Onze trabalhadores sul-coreanos deixaram nesta sábado (27) o complexo industrial binacional de Kaesong, que fica no território norte-coreano, e um segundo comboio com 116 pessoas deve abandonar o local rumo a Coreia do Sul no mesmo dia.

As 48 pessoas restantes - principalmente funcionários que administram o complexo, assim como engenheiros de telecomunicações e eletricistas - devem deixar o local na segunda-feira, segundo o ministério da Unificação de Seul.

A retirada provoca dúvidas sobre o futuro do polo industrial, que constituía o último símbolo dos esforços de aproximação entre as Coreias.

As empresas sul-coreanas instaladas no complexo expressaram consternação com a retirada, decidida ontem por Seul, depois que a Coreia do Norte rejeitou o ultimato sul-coreano para o início de um diálogo.

A decisão de Seul foi criticada pela associação de empresários sul-coreanos de Kaesong, que deve pedir ao governo uma indenização pelas perdas que a retirada vai lhe causar.

"As empresas que operam em Kaesong ficaram envergonhadas pela decisão do governo de tirar todos os trabalhadores", afirmou Han Jae-gwon, presidente da associação empresarial, em entrevista à agência Yonhap.

O Norte proibiu em 3 de abril o acesso dos sul-coreanos ao complexo de Kaesong, que fica a 10 km da fronteira.

Pyongyang retirou os 53 mil funcionários do local em um contexto de grande tensão na península coreana, apesar do polo ser uma fonte de divisas essencial para o isolado regime de Kim Jong-Un.

Kaesong é o único símbolo que resiste da aproximação coreana, depois do congelamento das relações bilaterais em 2010.

A maioria dos 850 funcionários sul-coreanos já havia deixado o local.

O complexo industrial de Kaesong conta com 123 empresas sul-coreanas que fabricam diversos produtos aproveitando a barata mão de obra dos operários da Coreia do Norte, cujos salários são de cerca de US$ 130.

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