• Carregando...
Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita). | Divulgação
Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita).| Foto: Divulgação

Pequim – Centenas de pessoas, entre elas um grande número de crianças, eram forçadas a trabalhar como escravas em um brutal esquema de tráfico de pessoas descoberto na China – um caso que vem causando revolta no país. Nos últimos dias, a polícia chinesa resgatou mais de 500 pessoas de olarias e minas de carvão em duas províncias do país, onde eram tratadas com crueldade, de acordo com fontes oficiais.

Os trabalhadores libertados apresentavam marcas de espancamento e estavam famintos. Entre eles, crianças de até 8 anos de idade, forçadas a trabalhar longas horas em péssimas condições. As investigações apontam para um possível envolvimento de autoridades locais no esquema. Pelo menos um homem foi espancado até a morte, confessou o capataz de uma olaria ouvido pela televisão local.

Alguns relatórios afirmam que o comércio de escravos vinha acontecendo desde março passado – ou até mesmo há anos. "Já resgatamos mais de 200 pessoas até agora, incluindo cerca de 40 crianças", declarou um oficial do departamento de Segurança Pública da província de Henan, que se identificou apenas pelo sobrenome Dang. "Elas eram seqüestradas e vendidas para olarias nas províncias de Shanxi e Henan", explicou.

Li Fulin, vice-diretor da Segurança Pública em Shanxi, afirmou em um comunicado que diferentes ações da polícia já haviam libertado mais 251 pessoas. A agência de notícias Xinhua informou que outras 80 foram resgatadas na mesma província.

Autoridades das duas províncias declararam que as investigações continuam e que a intenção é libertar centenas de pessoas que, acreditam, ainda estejam escravizadas. "É difícil estimar o número de pessoas desaparecidas antes que as investigações cheguem ao fim, mas há provavelmente mais de mil", disse Dang.

O escândalo deixou alarmados os altos escalões do Partido Comunistas chinês, enquanto ordens para resolver a situação vinham ontem diretamente do presidente Hu Jintao e do Premier Wen Jiabao.

A polícia da província de Henan informou que pelo menos 120 pessoas foram presas durante a operação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]