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Dois cientistas americanos ganharam o Prêmio Nobel de Química de 2012 por mostrarem como as células do corpo respondem a estímulos, como por exemplo uma injeção de adrenalina, em um trabalho que pode ajudar no desenvolvimento de remédios mais eficientes, anunciou o comitê da premiação nesta quarta-feira (10).

A Academia Real Sueca de Ciências disse que o prêmio de US$ 1,2 milhão foi para Robert Lefkowitz e Brian Kobilka pela descoberta do trabalho dos receptores acoplados à proteína G, que são as entradas das células para reagir com mensagens químicas.

"Cerca de metade de todos os medicamentes agem através desses receptores, entre eles os beta bloqueadores, anti-histamínicos e vários tipos de medicamentos psiquiátricos", disse o comitê.

Descobrir melhores formas de alcançar os receptores é uma área de extrema importância para as indústrias farmacêutica e de biotecnologia.

Lefkowitz disse, numa entrevista coletiva por telefone, que estava dormindo quando recebeu o telefonema da Suécia.

"Eu não escutei. Preciso confessar que eu durmo com protetor de ouvido para dormir. Então minha mulher me deu uma cotovelada. Foi assim, surpresa e choque total", disse.

Sven Lidin, professor de química inorgânica na Universidade Lund e presidente do comitê, disse em entrevista coletiva que a descoberta foi fundamental no desenvolvimento de pesquisas médicas.

"Saber o que eles (os receptores) parecem e como eles funcionam vai nos fornecer as ferramentas para fazer remédios com menos efeitos colaterais", afirmou.

O Nobel de Química foi o terceiro a ser anunciado este ano. Os prêmios nas áreas de Ciência, Literatura e Paz foram entregues pela primeira vez em 1901, seguindo o testamento do empresário inventor do dinamite, Alfred Nobel.

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