Tragédia nos Alpes

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A queda de um Airbus A320 da companhia Germanwings, pertencente à alemã Lufthansa, deixou 150 mortos ontem nos Alpes franceses. A aeronave seguia de Barcelona, na Espanha, para Dusseldorf, na Alemanha.

O voo 4U 9525 partiu às 10h01 (6h01, horário de Brasília) e deveria pousar às 11h37 em Dusseldorf, mas sumiu dos radares por volta das 10h53 (6h53 em Brasília). Morreram os 144 passageiros, entre eles dois bebês, e seis tripulantes.

Segundo a Germanwings, o Airbus A320 atingiu sua altitude de cruzeiro, 38 mil pés (11,58 mil metros), 44 minutos depois da decolagem. Um minuto depois, começou a cair, de acordo com o executivo-chefe da Germanwings, Thomas Winkelmann. A queda durou cerca de 8 minutos.

O avião voava em uma velocidade entre 900 a 1,2 mil metros por segundo e caiu em uma altitude de cerca de 2 mil metros em Meolans-Revels, perto de um resort de esqui, na região de Alpes da Alta Provença. Ainda pela manhã, o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, informou que não havia sobreviventes. “Apesar disso, até o último minuto faremos o possível para salvar os que possam ser resgatados”, afirmou Valls.

“Pulverizado”

O presidente do conselho geral de Alpes da Alta Provença, Gilbert Sauvan, relatou que os destroços do A320 se espalham por um raio de 100 metros a 200 metros. Segundo ele, “tudo está pulverizado” e os destroços maiores têm o tamanho de um carro pequeno. A Direção-Geral da Aviação Civil francesa informou que a aeronave caiu perto da cidade de Barcelonnette, a cerca de 100 quilômetros de Nice.

Uma das caixas-pretas do A320 foi localizada e encaminha para a BEA, a agência de segurança de voo francesa. Os registros costumam ser fundamentais na determinação das causas de um acidente. Em uma das caixas ficam registradas as conversas da cabine e a outra grava dados do sistema da aeronave. As autoridades não disseram qual das duas foi recuperada. A Lufthansa ainda desconhece as causas do acidente.

Buscas

O Ministério do Interior da França informou que cinco helicópteros da Gendarmaria Nacional, sete do Ministério da Defesa e três do departamento de Defesa Civil, além de um avião C135FR, foram mobilizados. Não é possível chegar ao local por terra.

Foram mobilizados 380 bombeiros e mais de 300 gendarmes . As condições meteorológicas podem dificultar os trabalhos, que foram cancelados durante a noite.  O presidente francês, François Hollande, vai hoje ao local com o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e a chanceler alemã, Angela Merkel.