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EUA

Traumatizados, alunos voltam às aulas na universidade da Virgínia

Milhares de alunos da voltaram às aulas nesta segunda-feira (23). Estudante conta que estava nervosa com retorno

Milhares de alunos da Universidade Técnida da Virgínia voltaram às aulas nesta segunda-feira (23), uma semana depois que um de seus colegas cometeu o maior massacre da história dos estabelecimentos de ensino nos Estados Unidos, matando 32 pessoas antes de cometer suicídio.

Praticamente vazio desde que as aulas foram canceladas em função do massacre do sul-coreano Cho Seung-Hui, em 16 de abril, o campus dessa localidade rural do estado de Virgínia começou a registrar movimento já no domingo, à medida que os estudantes, muitos dos quais acompanhados pelos pais, voltavam à universidade.

A estudante de primeiro período Adriana Gonzalez contou que estava nervosa por voltar, depois de ter sido obrigada a se refugiar no prédio onde estava tendo aula, ao lado do Norris Hall, cenário do massacre.

"Tenho que fazer o mesmo caminho de segunda-feira passada para chegar à aula, comentou Gonzáles, visivelmente angustiada.

David Anderson, aluno de pós-graduação, disse que está encarando de bom grado a possibilidade de voltar a estudar e deixar a tragédia para trás. "Sei que esta semana vai ser difícil", confessou.

Depois de uma semana de intensa cobertura da imprensa, a universidade proibiu o acesso de jornalistas e cinegrafistas no campus para permitir que alunos e professores reiniciem suas tarefas longe do olhar curioso do público.

Sob o céu ensolarado de domingo, centenas de estudantes, familiares e professores se reuniram para prestar uma homenagem aos mortos, representados num semicírculo de 33 pedras, incluindo uma para Cho, e sobre as quais foram empilhadas flores, velas, bandeiras americanas e diversas recordações como bichinhos de pelúcia e bolas de softbol trazidas por uma equipe visitante.

Mas a pedra dedicada a Cho desapareceu na noite de domingo.

No resto do campus, no entanto, os alunos se mostraram mais animados, jogando vôlei, beisebol e softbol entre equipes da Virgínia Tech e de outras universidades.

"Não há nada melhor para reunir as pessoas do que os esportes", explicou o técnico da equipe de softbol feminino, Scot Thomas.

Muitos disseram estar decididos a retomar os estudos e completar o ano, que termina dentro de apenas duas semanas. "Precisávamos de uma pausa", disse Matt Manousoff, estudante do primeiro período. "Mas agora quero terminar o ano.

Morgan Whitehead, também do primeiro período, se disse contente por voltar ao campus.

"Não há nenhum lugar em que eu queira mais estar do que em Blacksburg", afirmou. "Nunca estive mais orgulhosa de ser aluna do Virgínia Tech".

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