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As tempestades de areia ocorridas no noroeste da China estão transformando partes da Grande Muralha em montes de terra e podem fazer com que desapareçam dentro de cerca de 20 anos, afirmaram meios de comunicação oficiais na quarta-feira.

A Grande Muralha, eleita no mês passado como uma das novas sete maravilhas do mundo, serpenteia pelo território chinês ao longo de mais de 6.400 quilômetros e recebe, segundo estimativas, 10 milhões de visitantes por ano.

Mais de 60 quilômetros da muralha na região do condado de Minqin (Província de Gansu), construídos na Dinastia Han (que durou de 206 a.C. a 220 d.C.), vêm "desaparecendo rapidamente", afirmou a agência de notícias Xinhua, citando como fonte de informação o chefe o museu local, Zhou Shengrui.

"Esse pedaço da Grande Muralha era feito de lama, e não de tijolos e pedra. Então, estava mais sujeito à erosão", disse Zhou, acrescentando que a construção havia se tornado quebradiça e que, ao longo do tempo, a lama havia se transformado em pó e levada dali pela ação do vento.

"Um processo semelhante de erosão aconteceu em outros pontos da Grande Muralha. Mas a situação é muito mais grave aqui", afirmou, segundo a Xinhua.

A adoção de técnicas de agricultura intensiva nos anos 1950 esgotou os lençóis freáticos de Minqin e destruiu o meio ambiente na região, o que fez do condado uma grande fonte de tempestades de areia no noroeste da China, disse a agência.

Mais de 40 quilômetros da muralha desapareceram nos últimos 20 anos e cerca de apenas 10 quilômetros dela continuam de pé, afirmou.

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