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Pichação em Gaza protesta contra a intervenção militar israelense na região | EFE/Farooq Khan
Pichação em Gaza protesta contra a intervenção militar israelense na região| Foto: EFE/Farooq Khan

Palestinos da Faixa de Gaza se apressaram para ir a lojas e bancos nesta quinta-feira (17), após uma trégua humanitária de cinco horas acertada entre Israel e o Hamas ter entrado em vigor, e horas depois de militares israelenses terem dito que combateram homens armados vindos de Gaza.

Uma autoridade israelense disse mais tarde nesta quinta-feira que representantes do país no Cairo, nas conversações com o Hamas mediadas pelo Egito, haviam aceitado uma proposta egípcia para um cessar-fogo permanente, com início na sexta-feira, mas os líderes de Israel ainda terão de aprovar o acordo. Em Gaza não houve comentários de imediato do Hamas ou outros grupos palestinos sobre sua anuência a um cessar-fogo permanente.

Durante a trégua humanitária na Faixa de Gaza, sirenes de ataques aéreos dispararam brevemente no sul de Israel e os militares disseram que três granadas de morteiros caíram em áreas abertas, mas a trégua parecia estar, no geral, sendo mantida. Nenhum grupo em Gaza reivindicou responsabilidade pelos disparos e não houve relatos de retaliação de Israel.

Horas antes do começo da trégua, cerca de uma dezena de combatentes palestinos atravessaram um túnel na fronteira e emergiram próximos de uma comunidade de Israel. Pelo menos um deles foi morto após uma aeronave israelense ter bombardeado o grupo, segundo os militares.

A pausa nos 10 dia de lutas foi requisitada pela Organização das Nações Unidas para permitir que os residentes da Faixa de Gaza, governada pelo grupo Hamas, visto por Israel como terroristas, se abastecessem e consertassem danos à infraestrutura, como redes de água e eletricidade

Autoridades médicas em Gaza dizem que pelo menos 224 palestinos, a maioria civis, foram mortos. Em Israel, um civil foi morto por um foguete de Gaza, e forças militares dizem que mais de 1.300 projéteis disparados contra o país.

Os ataques têm ocasionado uma verdadeira corrida em busca de abrigo em Israel, virando rotina para centenas de milhares de pessoas.

Forças militares de Israel, que segundo autoridades do governo, estavam preparadas para expandir seus bombardeios aéreos e navais em possíveis operações terrestres, disseram que responderiam "firme e decisivamente" caso os militantes lançassem ataques durante a trégua.

Na Cidade de Gaza, centenas de palestinos fizeram filas em bancos para sacar salários pagos diretamente a suas contas, ao passo que outros foram comprar comida. As ruas de Gaza ficaram quase desertas por dias durante os conflitos, mas agora estavam com o trânsito movimentado.

"Estamos aqui para sermos pagos. Graças a Deus pela calmaria e esperamos que ela dure", disse Zakaria Ahmed, de 35 anos. "Esperamos que o Egito traga uma boa trégua, esperamos que a matança termine e o cruzamento (da fronteira de Gaza) seja reaberto."

Houve também alívio do lado israelense. Na cidade de Ashkelon, sul do país, que tem estado sob constante risco de foguetes, famílias andavam pelas ruas após terem permanecido dentro de casa durante a semana passada.

"Eles finalmente decidiram, pelo menos por um curto período, sobre um cessar-fogo… para que pudéssemos ter alguma diversão durante as férias de verão", disse o jovem Netanel Moshe Popesmedo a um canal de televisão.

O Egito havia proposto um plano de cessar-fogo permanente na terça-feira, o qual foi aceito por Israel, mas rejeitado pelo Hamas, que afirmou que suas condições foram ignoradas.

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