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Um helicóptero de resgate sobrevoa o Pentágono enquanto os bombeiros combatem as chamas depois que um avião foi jogado no Pentágono, sede militar dos EUA, em 11 de setembro de 2001. | LSD/HB
LARRY DOWNING
Um helicóptero de resgate sobrevoa o Pentágono enquanto os bombeiros combatem as chamas depois que um avião foi jogado no Pentágono, sede militar dos EUA, em 11 de setembro de 2001.| Foto: LSD/HB LARRY DOWNING

Cerca de três quartos dos condenados por terrorismo desde o 11 de setembro nasceram em solo estrangeiro – e mais da metade desses não são cidadãos americanos, de acordo com um novo relatório do Departamento de Justiça e do Departamento de Segurança Nacional. 

Ainda assim, o relatório conjunto divulgado no último dia 16, mostra que promotores oficializaram mais da metade de todas as acusações de terrorismo – 295 de 549 – contra cidadãos americanos, fossem por nascimento ou naturalizados. 

Um sistema de imigração baseado no mérito que favoreça imigrantes capazes de assumir vagas de empregos tem mais chances de ser atrativo para aqueles que de fato possam ter sucesso do que o atual sistema, baseado na família, que permite imigrações em cadeia, disse um oficial sênior da administração Trump aos repórteres durante uma ligação em conferência. 

O presidente Donald Trump é a favor da política do mérito juntamente de um sistema de fronteiras mais forte e o fim do sistema de loteria de vistos. 

De acordo com o oficial sênior da administração, imigrantes mais bem-sucedidos contribuiriam para a prosperidade e segurança do país. 

Embora um sistema baseado em mérito fosse economicamente benéfico, ele seria em grande medida desconectado da segurança, disse David Inserra, analista de políticas de segurança nacional na Heritage Foundation. 

“Isso depende de como nós olhamos para o motivo o qual alguém se torna um terrorista. Se pensarmos que são apenas pessoas pobres, um sistema econômico mudaria isso, mas sabemos que não é o caso”, disse Inserra, que mantém para a Heritage Foundation uma base de dados dos planos terroristas contra alvos americanos, ao Daily Signal. 

Percebendo o número de cidadãos naturalizados na lista do relatório de Justiça e Segurança Nacional que se radicalizaram, Inserra disse que o maior problema é com a assimilação. 

“Se alguém vem para os Estados Unidos e se torna um terrorista 20 anos depois, não se trata de um problema de verificação, mas de assimilação”, acrescentou Inserra. 

Trump assinou uma ordem executiva em março que exigia o relatório, que é focado em verificar imigrantes e proteger americanos. 

Outros pontos destacados incluem: 

  • - Pelo menos 549 indivíduos foram condenados por acusações relacionadas a terrorismo internacional em tribunais federais entre 11 de setembro de 2001 e 31 de dezembro de 2016. Destes, 402 haviam nascido em solo estrangeiro. 
  • - Um total de 254 dos 549 condenados não eram cidadãos americanos; 148 haviam nascido em outro país, haviam se naturalizado e tinham cidadania americana. Outros 147 eram cidadãos americanos de nascimento. 
  • - O Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas removeu 1.716 imigrantes com base em questões de segurança nacional. 
  • - O Departamento de Segurança Nacional encontrou 2.554 indivíduos da lista de vigilância de terroristas entrando nos Estados Unidos durante o ano fiscal de 2017, que começou em 1º de outubro de 2016. Desses, 335 tentaram entrar no país por terra, 2.170 tentaram entrar por ar e 49 pelo mar. 
  • - Autoridades prenderam 355.345 infratores que não eram cidadãos americanos entre 1º de outubro de 2011 e 30 de setembro de 2017, após eles terem sido condenados por crime agravado. Durante o mesmo período, 372.098 infratores que não eram americanos foram removidos do país após condenação por um crime agravado ou dois ou mais crimes. 
  • - Os Serviços de Cidadania e Imigração encaminharam 45.858 estrangeiros que se inscreveram para benefícios de imigração ao ICE por suspeita de fraude entre 2007 e 2017. Oficiais indicaram que os estrangeiros haviam cometido delitos em flagrante relacionados à segurança pública nos Estados Unidos. 
  • - De 2010 até 2016, a Proteção de Fronteiras e Alfândega identificou e impediu a entrada de 73 mil e 261 viajantes estrangeiros em voos com destino aos EUA por representarem algum risco. 

Em declaração escrita, o Secretário de Segurança Nacional Kirstjen Nielsen disse: 

“Este relatório é um claro lembrete de por que não podemos continuar nos baseando em políticas imigratórias baseadas no pensamento anterior ao 11 de setembro que nos deixam terrivelmente vulneráveis a terroristas nascidos no estrangeiro, e porque nós devemos examinar nossas leis de vistos e continuar a intensificar a avaliação e veto de indivíduos viajando para os Estados Unidos para prevenir que terroristas, criminosos e outros indivíduos perigosos entrem em nosso país. 

Sem uma mudança legislativa, o Departamento de Segurança Nacional continuará a ver anualmente milhares de terroristas tentando entrar nos Estados Unidos, e enquanto nós precisamos estar certos sempre, os terroristas só precisam ter sorte uma vez.” 

O Promotor Geral Jeff Sessions afirmou que os dados no relatório são “sérios”: 

“E as informações nesse relatório são apenas a ponta do iceberg: nós temos atualmente investigações relacionadas ao terrorismo contra milhares nos Estados Unidos, incluindo centenas de pessoas que vieram para cá como refugiados,” disse Sessions em uma declaração preparada, acrescentando: 

“Nossos oficiais fazem um trabalho fantástico, mas simplesmente não é justo pedir que eles arrisquem suas vidas para cumprir a lei enquanto nós aceitamos milhares todos os anos sem conhecimento suficiente sobre os seus antecedentes. Os pilares da política de imigração do presidente Trump – proteger nossas fronteiras permeáveis, mudar para um sistema de imigração baseado em mérito que acabe com a loteria de vistos e as cadeias migratórias e reforçar nossas leis – tornará o trabalho deles mais fácil e fará dos Estados Unidos um lugar mais seguro.”

Conteúdo publicado originalmente no Daily Signal. Republicado em português com autorização

Tradução de Gisele Eberspächer
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