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A busca por melhores condições de vida e a fuga dos países que não oferecem oportunidades fazem com que haja hoje cerca de 50 milhões de imigrantes irregulares no mundo. O maior número de imigrantes detidos, em torno de 3 milhões, é de latino-americanos, flagrados na fronteira sul dos Estados Unidos. Em geral, eles são vítimas de traficantes. O principal alvo desses criminosos são os mexicanos.

A conclusão é do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodoc) no estudo A Globalização do Crime: A Avaliação da Ameaça do Crime Transnacional Organizado. De acordo com a análise, 90% dos latino-americanos detidos estão envolvidos com o narcotráfico, gerando US$ 6,6 bilhões por ano apenas com a venda de drogas.

Pelo estudo das Nações Unidas, os imigrantes usam os mesmos métodos de fuga: comboio, viagens a pé e caminhos clandestinos por meio de túneis. Os caminhões são também são muito usados. Os traficantes humanos oferecem algum tipo de segurança informando que os interessados não serão jogados no deserto.

Em 2004, 36.275 pessoas foram presas por contrabando de imigrantes nos Estados Unidos. Desse total, 25% foram acusados de sequestros e manutenção de reféns. O estudo das Nações Unidas examinou também outro fluxo migratório irregular - da África para a Europa.

Segundo o relatório, o fluxo da América Latina para os Estados Unidos e da África para os Estados Unidos está dentro de um conjunto de irregularidades que envolve ainda da África Oriental para o Iêmen e da Ásia Central para a Rússia. Porém, o mais lucrativo, de acordo com o estudo, é o fluxo dos EUA para a Europa.

Pela avaliação, a dinâmica da migração da África para a Europa é semelhante ao que ocorre da América Latina para os Estados Unidos. Em 2008, cerca de 55 mil imigrantes foram contrabandeados da África para a Europa, gerando aproximadamente US$ 150 milhões para pequenos grupos de traficantes.

A Europa abriga a maior população dos africanos e também responsável pelas remessas de uma parte significativa do PIB de muitos países da África. A maioria das rotas de contrabando de migrantes na África envolve longos trechos de terra e mar. Todas as rotas são consideradas perigosas, segundo os especialistas.

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