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O Tribunal Territorial de Frankfurt estuda conceder a liberdade condicional este ano à ex-terrorista Eva Haule, que cumpre condenação à prisão perpétua por ter pertencido à Fração do Exército Vermelho (RAF) e participado de vários atentados.

Um porta-voz do tribunal confirmou a informação, antecipada pelo jornal "Frankfurter Allgemeine".

No ano passado, Haule, de 52 anos, já tinha solicitado a liberdade condicional. Seu pedido foi rejeitado, mas o tribunal fixou o tempo mínimo de pena em 21 anos, que ela completa este ano.

Haule foi condenada em 1994 por vários crimes, entre eles a sua participação num atentado com explosivos contra uma base aérea dos Estados Unidos, que matou um soldado e um civil.

Recentemente, a Justiça alemã decidiu que no fim de março Brigitte Mohnhaupt, antiga líder da RAF, presa há 24 anos, sairá em liberdade condicional. Ela foi condenada a cinco prisões perpétuas.

Outro ex-terrorista da RAF, Christian Klar, apresentou um pedido de indulto que está sendo estudado pelo presidente Horst Kohler.

Além de Mohnhaupt, Haule e Klar, a única ex-militante da RAF que ainda está presa é Birigit Hogefeld.

A decisão de dar liberdade condicional a Mohnhaupt tem provocado diferentes reações na sociedade alemã. O Partido Social-Democrata (SPD), o Partido Liberal (FDP) e os Verdes consideraram a decisão como uma mostra da força do Estado e um sinal de que o sistema jurídico alemão tem como objetivo dar sempre uma oportunidade de reinserção.

Os conservadores da União Democrata-Cristã (CDU) e da União Social-Cristã (CSU), por outro lado, mostraram contrariedade. O ministro do Interior bávaro, Günther Beckstein, expressou um certo mal-estar, apesar de admitir que a decisão era juridicamente correta.

Parentes das vítimas da RAF criticaram a medida. Mas alguns, como o filho do procurador-geral Siegfried Bubak, uma das vítimas de Mohnhaupt, admitiram que é preciso aceitar a decisão, já que faz parte da tradição jurídica.

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