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Um tribunal de crimes de guerra apoiado pela ONU indiciou quatro líderes do regime do Khmer Vermelho, responsabilizado pela morte de mais de 1,7 milhão de cambojanos três décadas atrás, anunciou uma autoridade da corte nesta quinta-feira.

Os julgamentos do ex-presidente Khieu Samphan, do segundo no comando do regime, Nuon Chea, do ex-ministro de Relações Exteriores Ieng Sary e sua mulher, Ieng Thirith, devem ocorrer no começo do ano que vem, depois de uma investigação de três anos envolvendo 2 mil vítimas.

Pol Pot, o arquiteto dos chamados "campos da morte (1975-1979) da revolução ultramaoísta, morreu em 1998 de causas naturais.

As acusações contra o quarteto incluem crimes contra a humanidade, crimes de guerra e genocídio.

O tribunal fez o anúncio dois meses depois de apresentar um veredicto prévio que indignou os cambojanos, ao determinar que Kaing Guek Eav, um ex-chefe de presídio, mais conhecido como Duch, cumprisse menos da metade da pena de 40 anos pedida pelos promotores.

Ele supervisionou a matança de mais de 14 mil pessoas, quando era chefe do notório presídio S-21, de Phnom Penh, a capital do país.

Muitos cambojanos dizem temer que os principais comandantes nunca sejam julgados e condenados, por causa de sua precária saúde e a complexidade dos casos.

Há também o receio de interferência política no processo e falta de cooperação do governo do Camboja. Muitos ex-integrantes do Khmer Vermelho detêm cargos elevados no atual governo.

Pessoas que buscam justiça temem que os políticos possam tentar influenciar os julgamentos para evitar ser relacionados aos acusados.

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