• Carregando...
Juiz Baltazar Garzón deixa a Suprema Corte, em Madri | Susana Vera/Reuters
Juiz Baltazar Garzón deixa a Suprema Corte, em Madri| Foto: Susana Vera/Reuters

O Tribunal Supremo da Espanha descartou ontem a possibilidade de anular o julgamento de Balta­­zar Garzón, juiz acusado de violação da lei de anistia por ter reaberto o processo de crimes da di­­tadura de Francisco Franco (1939-1975).

A decisão, tomada por sete magistrados, revela que não há provas para justificar a anulação do julgamento. O pedido foi feito pela defesa na semana passada, alegando que a causa não era válida por não existir "nenhum prejudicado direto", sendo apenas uma acusação popular.

No entanto, o tribunal considerou que o julgamento é de "natureza pública" e que a Justiça tomou decisões que impediram a "personificação das pessoas que seriam consideradas prejudicadas pelos fatos", em referência à lei de anistia.

O advogado de Garzón, Gonza­­lo Martínez-Fresneda, acusou o juiz Luis Navajas de "perda da imparcialidade" e de ter cooperado com a acusação para escrever o processo.

Os advogados que acusaram Garzón de ter recebido verbas milionárias para dar cursos em Nova York entre 2005 e 2006 anunciaram na segunda-feira que apresentarão um recurso contra o magistrado para que ele responda por crime de extorsão e seja preso.

Garzón foi acusado pela Su­­pre­­ma Corte da Espanha por suborno impróprio em 27 de janeiro.

Antonio Panea e José Luis Ma­­zón disseram que Garzón "se coloca em uma posição insustentável ao negar que tenha solicitado patrocínios a grandes empresas, ex-clientes e potenciais clientes da Suprema Corte, que também se­­rão incluídos no processo".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]