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Um tribunal egípcio adiou para 5 de março o julgamento de 20 jornalistas do canal Al Jazeera, do Qatar, incluindo quatro estrangeiros, acusados de divulgar informações falsas e de apoiar a Irmandade Muçulmana.

O Tribunal Penal do Cairo informou que ouvirá os depoimentos das testemunhas de acusação e examinará as provas na próxima audiência.

Os jornalistas são acusados de manipular imagens e apoiar o grupo islâmico, considerado terrorista pelo novo regime egípcio instalado pelo Exército após a derrubada de Mohammed Mursi em julho passado.

A Promotoria acusa os 16 egípcios de pertencerem a uma "organização terrorista". Os quatro estrangeiros são acusados de proporcionar "dinheiro, equipamentos e informações" para a "divulgação de notícias falsas" sobre uma suposta "guerra civil no país".

Dos 20 acusados, apenas oito estão detidos.O julgamento despertou críticas das organizações de direitos humanos e de coletivos de jornalistas, que convocaram várias protestos para apoiar os acusados e pedir suas libertações.

"Os jornalistas não devem se arriscar a passar anos em uma prisão egípcia por fazer seu trabalho", afirmou o diretor-adjunto para o Oriente Médio da Human Rights Watch, Joe Stork.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas colocou o Egito entre os dez Estados com mais repórteres detidos e o terceiro país com mais mortes desses profissionais em 2013.

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