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Julgamento dos envolvidos nos ataques brutais de 2016 estava ocorrendo desde 2022
Julgamento dos envolvidos nos ataques brutais de 2016 estava ocorrendo desde 2022| Foto: Pixabay

Um tribunal de Justiça da Bélgica proferiu nesta sexta-feira (15) as sentenças de seis homens envolvidos nos ataques terroristas de 2016 em Bruxelas, a capital do país.

Em 2016, um aeroporto e um metrô da capital belga foram alvos de ataques terroristas suicidas que vitimaram 32 pessoas e deixaram outras centenas feridas. Os ataques foram os mais mortíferos em época de paz em toda a história da Bélgica.

Segundo informações da Associated Press, o tribunal condenou seis homens pelos crimes de assassinatos terroristas. O principal suspeito de orquestrar o ataque, Salah Abdeslam, foi condenado a 20 anos de prisão por seu envolvimento em um tiroteio que ocorreu dias antes dos ataques de 22 de março de 2016. O tiroteio aconteceu quando a polícia belga, ao inspecionar um suposto apartamento vazio, acidentalmente encontrou Abdeslam e outro suspeito. Quatro policiais ficaram feridos no confronto.

Abdeslam já estava cumprindo pena de prisão perpétua sem liberdade condicional na França por seu envolvimento nos ataques terroristas de Paris, que ocorreram em 2015. Tanto os ataques de Paris quanto os de Bruxelas foram atribuídos à mesma rede terrorista, o Estado Islâmico.

Em seu depoimento perante o Tribunal de Alta Segurança em Bruxelas, Abdeslam alegou não ter participado dos ataques suicidas na Bélgica e afirmou que não tinha conhecimento do plano de ataque. Ele implorou por clemência, alegando que havia sido "demonizado" pela Justiça belga.

Outro réu, Mohamed Abrini, amigo de infância de Abdeslam e residente de Bruxelas, foi condenado à prisão perpétua. Segundo a acusação, Abrini havia abandonado o Aeroporto de Zaventem, o principal da Bélgica, após seus explosivos não terem detonado.

Outros dois réus, Osama Krayem e Bilal El Makhoukhi, também foram condenados à prisão perpétua por desempenharem papéis na conspiração dos ataques suicidas, enquanto um terceiro, Ali El Haddad Asufi, recebeu uma pena de 20 anos.

Oussama Atar, identificado como possível organizador dos ataques mortais em Paris e Bruxelas, foi condenado por homicídio terrorista à revelia. Acredita-se que ele tenha morrido nos últimos meses nos combates do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, mas, mesmo assim, foi condenado à prisão perpétua.

No total, dez réus foram acusados no que se tornou o maior julgamento da história judicial da Bélgica. Os casos começaram a ser julgados em 2022.  Dois irmãos já haviam sido absolvidos de todas as acusações neste julgamento, enquanto outros dois réus haviam sido condenados por participação em atividades terroristas.

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