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O mais alto tribunal italiano ouviu, nesta terça-feira (10), os argumentos de uma moção do governo para rejeitar as acusações contra 26 norte-americanos acusados de envolvimento em um suposto sequestro de um suspeito de terrorismo em Milão. A ação teria sido realizada pela Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos.

O governo disse que o juiz de Milão que emitiu as acusações baseou-se, ilegalmente, em informações secretas para justificá-las. Não está claro quando o tribunal vai emitir uma decisão, disseram funcionários judiciários. O julgamento em Milão foi suspenso até 18 de março no aguardo de uma decisão do Tribunal Constitucional, que protelou a decisão várias vezes.

Os suspeitos americanos - identificados, com exceção de um deles, pelos promotores como agentes da CIA - são julgados à revelia. Eles são acusados de sequestrar um suspeito de terrorismo egípcio numa rua de Milão em 17 de fevereiro de 2003, numa operação "de extraordinária execução" coordenada pela CIA e pela inteligência italiana. Sete italianos também são processados. O governo italiano nega qualquer participação na operação.

Promotores italianos dizem que Osama Moustafa Hassan Nasr, também conhecido como Abu Omar, foi transferido, depois do sequestro, para bases norte-americanas na Itália e na Alemanha antes de ser levado para o Egito, onde ficou detido por quatro anos. Nasr, que foi libertado, afirma ter sido torturado durante o período. As informações são da Associated Press.

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