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Dmitri Litvinov, um dos últimos libertados na Rússia | Vladimir Baryshev/Greenpeace/Reuters
Dmitri Litvinov, um dos últimos libertados na Rússia| Foto: Vladimir Baryshev/Greenpeace/Reuters

Repercussão

Líderes ocidentais, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel, expressaram preocupação ao presidente russo, Vladimir Putin. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou à Rússia na quinta-feira para que mostrasse leniência, enquanto celebridades ocidentais, incluindo o ex-Beatle Paul McCartney, pediram a libertação dos detidos.

Por quê?

Os 30 presos no protesto, no qual ativistas do Greenpeace tentaram escalar a plataforma de extração de petróleo Prirazlomnaya, parte do programa russo de exploração dos recursos energéticos do Ártico, podem pegar até sete anos de prisão se forem condenados por vandalismo. Anteriormente, eles haviam sido denunciados por pirataria.

1 militante o australiano Colin Russell, teve sua prisão preventiva prorrogada por mais três meses, até 24 de fevereiro. Ele é o único que permanece preso em São Petersburgo. Segundo o embaixador australiano na Rússia, ele deverá recorrer da decisão.

O tribunal marítimo da Organização das Nações Unidas (ONU) ordenou ontem que a Rússia libere o navio do Greenpeace e 30 pessoas detidas em um protesto contra a perfuração de petróleo no Ártico russo, a maioria delas já liberada da prisão sob fiança.

O Tribunal Internacional para a Lei do Mar em Ham­burgo disse que aceitou um pedido da Holanda para decretar a liberdade provisória do Arctic Sunrise, de registro holandês, e de sua tripulação, que a Rússia deteve em setembro sob protesto internacional.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que iria estudar a ordem, mas que o tribunal não tinha jurisdição sobre o seu processo. Disse esperar que a decisão tivesse sido "objetiva" e que tivesse levado em conta o que disse serem violações da lei internacional pela embarcação do Greenpeace.

"O navio Arctic Sunrise foi usado como uma ferramenta para cometer atos que são inaceitáveis sob a lei internacional e a legislação russa", disse o ministro em um comunicado.

Em Hamburgo, o juiz Shunji Yanai, do Japão, disse ao tribunal que o apelo da Holanda por uma libertação provisória tinha sido aceito por 19 votos a favor e dois contrários dos juízes. O tribunal decretou que o navio e a tripulação devem ter a permissão de deixar a Rússia, sob o pagamento de 3,6 milhões de euros de caução pela Holanda.

Libertação

As autoridades russas decretaram nos últimos dias a liberação sob fiança de 29 dos 30 detidos, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel, embora o Greenpeace diga que não está claro se eles poderão ou não deixar a Rússia. O trigésimo, o australiano Colin Russell, teve sua prisão estendida até 24 de fevereiro.

O tribunal foi criado para julgar disputas marítimas sob a Convenção das Nações Unidas sobre a Lei do Mar, que tanto a Rússia quanto a Holanda ratificaram.

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