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O presidente do Tribunal Especial para o Líbano, cuja missão é descobrir e julgar os assassinos do ex-primeiro-ministro Rafiq Hariri, fez um apelo hoje para que os libaneses deem ao tribunal a chance de mostrar que a corte é capaz de mostrar uma justiça imparcial. O juiz italiano Antonio Cassese também disse aos jornalistas libaneses que visitam a sede do STL, na Holanda, que ele espera que os procuradores indiciem até dezembro os responsáveis pela morte de Hariri e de 22 outras pessoas, na explosão de um caminhão-bomba, em Beirute, em 2005.

"Essa é apenas uma esperança, não uma certeza, porque eu não tenho conhecimento" sobre a autoria do atentado, disse Cassese. Os comentários do juiz do tribunal ocorrem em meio a crescentes raiva e suspeita dos libaneses com o trabalho da corte das Nações Unidas e temores crescentes de que os indiciamentos irão reacender as hostilidades entre os muçulmanos xiitas e sunitas, em particular se militantes do grupo xiita Hezbollah forem indiciados.

Em 2008, a violência sectária entre xiitas e sunitas deixou 81 mortos e quase mergulhou o Líbano em uma nova guerra civil. "Existem uma série de boatos no Líbano de que os juízes e procuradores podem ser corruptos e juízes libaneses não podem julgar o caso porque eles estão sob a influência direta de grupos locais", disse Cassese. "Nós queremos mostrar que nosso tribunal internacional pode fazer justiça de uma maneira imparcial, livre de qualquer tendência", disse Cassese.

Na semana passada, o líder do Hezbollah, o xeque Hassan Nasrallah, pediu que todos os libaneses boicotem o tribunal, dizendo que toda a informação da equipe investigadora era fornecida por Israel. As informações são da Associated Press.

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