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O promotor do Tribunal Penal Internacional disse nesta quarta-feira estar considerando apresentar mais acusações contra o chefe de espionagem de Muamar Kadafi, Abdullah al-Senussi, e outros suspeitos de envolvimento em centenas de casos de estupro na Líbia durante o conflito deste ano.

O Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, já indiciou Senussi, que está foragido, por acusações de crimes contra a humanidade e outros crimes de guerra.

O promotor do TPI, Luis Moreno-Ocampo, disse que estava perto de completar uma investigação sobre o uso do estupro pelas forças de Kadafi para perseguir seus inimigos enquanto combatiam a insurgência de oito meses.

"Estou terminando as investigação sobre os estupros, veremos se há novas acusações para as mesmas pessoas, ou para novas pessoas", disse ele à Reuters nos bastidores de uma conferência em Haia.

No começo do mês, Moreno-Ocampo disse ao Conselho de Segurança da ONU que estava investigando se o ex-líder líbio e seu chefe de espionagem haviam dado ordens para estupros em massa.

Gaddafi, também indiciado pelo TPI, morreu em 20 de outubro pouco depois de sua captura por ex-rebeldes, que hoje formam as forças do governo.

"Temos indícios de que Senussi esteve envolvido na organização dos estupros, mas não Saif", disse Moreno-Ocampo à Reuters, referindo-se a um filho de Kaddafi Sail al-Islam, que também foi acusado de crimes contra a humanidade e está foragido.

"Estou confiante em que pegaremos Saif", para enfrentar as acusações em Haia, disse Moreno-Ocampo. "Ao final do dia, todos enfrentarão a justiça."

A liderança interina da Líbia, o Conselho Nacional de Transição (CNT), afirmou que gostaria de julgar Saif al-Islam e Senussi na Líbia. Moreno-Ocampo disse que pretendia se encontrar com o CNT em janeiro.

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