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O Tribunal Penal Internacional (TPI) está buscando um super-herói em matéria legal que possa perseguir e deter chefes de Estado que tenham cometido genocídios e outras figuras responsáveis por crimes e estupros em massa. A descrição do cargo de principal promotor do TPI requer alguém com a capacidade de investigação de Sherlock Holmes, a diplomacia de Otto von Bismarck e o talento gerencial de Steve Jobs.

O promotor atual, Luis Moreno Ocampo, informará hoje o Con­­selho de Segurança da ONU sobre seus esforços para prender suspeitos de cometer crimes de guerra. Mas nas próximas quatro semanas, estará mais dedicado a buscar seu substituto.

Um primeiro grupo de 52 candidatos foi reduzido a quatro. O TPI poderá escolher uma super-heroína como a suplente de Mo­­reno Ocampo, Fatou Bensouda, ex-ministra da Justiça em Gâmbia, e considerada por muitos diplomatas como a favorita.

Bensouda disputará o cargo com Mohammed Chande Oth­­man, o principal juiz da Tanzânia; Briton Andrew Cayley, um dos promotores do tribunal especial que julga os crimes do Khmer Vermelho do Camboja; Robert Petit, o maior especialista em crimes de guerra do ministério canadense de Justiça.

Os quatro se apresentarão este mês na sede da ONU diante dos cerca de 120 signatários do estatuto do TPI, que tentarão eleger um candidato por consenso antes de uma eleição no início de dezembro. "Encontrar a pessoa ideal para o cargo de promotor do TPI é praticamente impossível", disse Richard Goldstone, o principal promotor dos tribunais internacionais para a antiga Iugoslávia e Ruanda, que julgaram os crimes contra a humanidade cometido nesses países. "É necessário um super-ho­­mem ou uma super-mu­­lher em matéria legal", opinou Param-Preet Singh, um importante advogado da ONG Human Rights Watch.

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