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Buenos Aires – Representantes dos governos do Brasil, Argentina e Paraguai reunidos na capital argentina anunciaram que discordam da denúncia realizada pelo governo dos Estados Unidos sobre o suposto financiamento ao grupo fundamentalista muçulmano Hezbollah realizado por parte de pessoas e empresas da área da Tríplice Fronteira.

O "Grupo Três mais Um", que periodicamente reúne representantes das Chancelarias dos três países além de um enviado do governo americano para analisar a situação na Tríplice Fronteira, afirmou em um comunicado que "a Argentina, o Brasil e o Paraguai manifestaram que a informação apresentada pelos EUA não proporciona novos elementos que possam permitir a afirmação da existência de atividades terroristas na região, incluindo o financiamento do terrorismo".

A polêmica começou quando na terça-feira à tarde, durante uma teleconferência com jornalistas argentinos, o secretário-adjunto do Tesouro dos EUA, Patrick O’Brien, anunciou que o governo americano havia conseguido identificar nove pessoas e duas empresas que forneceram apoio financeiro e logístico à organização Hezbollah.

As declarações de O’Brien coincidiram com a realização da Quinta Reunião Plenária do "Grupo Três mais Um" em Buenos Aires. O Grupo explicou que "de acordo com a informação disponível, não foram detectadas atividades operacionais de terrorismo na área da Tríplice Fronteira".

No entanto, o "Três mais Um" afirmou que "as delegações reconheceram que grupos criminosos e terroristas dependem de seus fundos ilegais" e que por isso o Grupo continuará analisando os fluxos financeiros com origem na região "com o objetivo de identificar possíveis transações suspeitas".

As forças de segurança da Argentina vigiam a área da Tríplice Fronteira desde que dois atentados terroristas da autoria de fundamentalistas muçulmanos abalaram Buenos Aires. O primeiro atentado, em 1992, destruiu a sede da Embaixada de Israel em pleno centro portenho. O ataque causou a morte de 29 pessoas e feriu outras 200.

O segundo atentado, em 1994, arrasou o edifício da associação beneficente judaica AMIA no bairro de Balvanera. A explosão - supostamente causada por um carro-bomba - matou 85 pessoas e causou ferimentos e mutilações em outras 300.

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