O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou o envio de mais forças militares para a região do Golfo Pérsico, em meio à escalada de tensões com o Irã. Segundo o Pentágono, entre 900 e 1.500 soldados devem se juntar aos 600 que já estão na região.
"Queremos ter proteção no Oriente Médio. Nós estaremos enviando um número relativamente pequeno de tropas, principalmente protetoras”, disse Trump ao deixar a Casa Branca para uma viagem ao Japão nesta sexta-feira (24).
De acordo com um alto oficial do governo americano ouvido pela CNN, devem ser implantados mais sistemas antimísseis Patriot, aeronaves de reconhecimento e soldados com o objetivo de fornecer mais dissuasão contra o que o Pentágono acredita ser uma crescente ameaça iraniana contra as tropas americanas na região.
Agências de notícias já vinham adiantando a intenção do Pentágono em aumentar suas tropas no Oriente Médio. A Associated Press informou na quinta-feira que o Departamento de Defesa apresentaria à Casa Branca um plano para enviar mais de 10 mil soldados para a região. No mesmo dia, o secretário em exercício da pasta, Patrick Shanahan, confirmou que o Pentágono estava considerando enviar tropas adicionais ao Oriente Médio para aumentar as defesas das forças americanas.
Uma das principais prioridades militares do momento, segundo a fonte ouvida pela CNN, é mandar mísseis Patriot adicionais para a região – esse sistema é capaz de abater mísseis balísticos, de cruzeiro e aeronaves. Eles também querem enviar para a região aeronaves tripuladas e não-tripuladas para inteligência, vigilância e reconhecimento a fim de monitorar o movimento das forças iranianas e, inclusive, testar a capacidade de resposta dos iranianos a um ataque.
"Agora, eu não acho que o Irã quer lutar. E eu certamente não acho que eles querem lutar com a gente", disse Trump. "Mas eles não podem ter armas nucleares. E eles entendem isso".
No início de maio, os Estados Unidos enviaram bombardeiros e um porta-aviões para o Golfo Pérsico. Na ocasião, o assessor de segurança da Casa Branca, John Bolton, disse que a ação era uma "mensagem clara e inequívoca ao regime iraniano de que qualquer ataque aos interesses dos Estados Unidos ou de nossos aliados será recebido com força implacável".