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Apoiadores tiram uma selfie em frente a um ônibus da campanha de Trump em um comício para os candidatos republicanos do Senado da Geórgia David Perdue (R-GA) e Kelly Loeffler (R-GA), em 20 de dezembro de 2020 em Cumming, Geórgia| Foto: Jessica McGowan/Getty Images/AFP

A equipe de advogados da campanha do presidente Donald Trump levou mais uma contestação das eleições presidenciais de novembro à Suprema Corte dos EUA.

Neste domingo, eles pediram que sejam revertidas as decisões referentes a três processos no estado da Pensilvânia, nos quais a Suprema Corte do estado permitiu que todos os votos pelos correios recebidos fossem contados, apesar das alegações da campanha de que observadores republicanos foram impedidos de acessar o processo de contagem de votos e de que as cédulas com informações erradas ou incompletas de endereço ou data deveriam ser invalidadas.

Os advogados de Trump defendem que a Suprema Corte da Pensilvânia não tinha autoridade para impor essas regras ao interpretar a legislação estadual – essa tarefa, segundo eles, caberia apenas aos legisladores da Pensilvânia. Especialistas projetam que a Suprema Corte dos EUA deve recusar a apelação. Mesmo se aceitasse o caso, isso provavelmente não impactaria na certificação da eleição no Colégio Eleitoral, que ocorrerá no Congresso, em 6 de janeiro – já que a maioria do Senado e da Câmara dos Deputados, controlada pelos democratas, precisaria apoiar uma objeção para que os votos de um estado sejam invalidados.

Enquanto Trump continua com sua batalha jurídica, deputados republicanos querem evitar que uma situação semelhante ocorra na disputa de duas vagas para o Senado, realizadas na Geórgia em 5 de janeiro e definirão a maioria na Câmara Alta. Até agora, os republicanos garantiram 50 dos 100 assentos, mas se os democratas vencerem as duas vagas da Geórgia, a vice-presidente eleita dos EUA, Kamala Harris, que também será presidente do Senado, pode definir importantes votações no Congresso.

Membros republicanos do Comitê de Reforma e Supervisão da Câmara levantaram preocupações quanto ao processo eleitoral na Geórgia em uma carta publicada na quinta-feira passada, pedindo uma reunião com Secretário de Estado da Geórgia, o republicano Brad Raffensperger, para que sejam adotadas medidas para "manter a integridade" das eleições para as vagas da Geórgia no Senado.

"A santidade das urnas e a máxima 'uma pessoa, um voto' são fundamentais em uma sociedade democrática. Ainda assim, após a eleição de 2020, nossos constituintes têm preocupações genuínas de que seu voto possa ter sido diluído por fraude, cédulas que não cumpriram as leis eleitorais aplicáveis e cédulas postadas por eleitores não aptos [a votar]. Este é particularmente o caso dos eleitores na Geórgia", escreveu o grupo de 15 deputados republicanos.

Segundo o Gabinete de Raffensperger, os condados foram instruídos a garantir que o registro de novos eleitores seja permitido somente a quem mora na Geórgia. Ativistas progressistas tinham sugerido que eleitores de outros estados se mudem para o estado para votar na eleições para o Senado.

A Secretaria de Estado também afirmou que "todos os procedimentos no centro de apuração" da eleição serão "abertos à vista do público", mas salientou que "nenhuma pessoa, exceto um funcionário designado", deve tocar em qualquer cédula ou urna.

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