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Durante o telefonema, foi discutida ainda a possibilidade de um encontro entre Trump e Putin | MANDEL NGANAFP
Durante o telefonema, foi discutida ainda a possibilidade de um encontro entre Trump e Putin| Foto: MANDEL NGANAFP

O presidente americano, Donald Trump, ligou nesta terça-feira (20) para parabenizar o russo, Vladimir Putin, por sua reeleição no domingo (18). No conversa, os dois líderes debateram também sobre o programa nuclear norte-coreano.

O Kremlin afirmou ainda que foi discutida ainda a possibilidade de um encontro entre ambos, mas a Casa Branca disse que não há um plano específico para que isso aconteça. Não foram divulgados mais detalhes do diálogo.

A conversa, que segundo o Kremlin ocorreu a pedido dos EUA, tenta acabar com o mal estar gerado pela demora na ligação de Trump. Mesmo países críticos a Putin, como a Alemanha, já tinham o parabenizado pela vitória na eleição.

Por isso, o porta-voz do russo chegou a declarar na manhã desta terça que a falta de ligação não era um problema. "Isso não deve ser visto como um passo não amigável. Putin continua aberto para a normalização de relações com os parceiros dos EUA no que for de seu interesse. Seria um erro exagerar qualquer coisa. Por fim, sempre há o velho ditado: ‘sleep on it’  [que traduzido para o português significa repousar para pensar melhor sobre um assunto]", disse Dmitri Peskov.

Após os dois conversarem, Peskov disse a jornalistas que os líderes não debateram a questão do ex-espião Serguei Skirpal, que foi envenenado na cidade britânica de Salisbury. Londres acusa Moscou pelo Crime, que nega envolvimento no caso.

Na segunda-feira (19), a Casa Branca disse que não estava surpresa com o resultado do pleito e que não havia planos de contato entre o presidente americano e seu colega russo.

Leia também: Os rumos da política internacional da Rússia no último mandato de Vladimir Putin

Tensões entre Rússia e líderes do Ocidente

Na última quinta (15), Washington anunciou uma nova rodada de sanções contra a Rússia por sua interferência na eleição de 2016. O assunto não entrou na conversa desta terça, segundo a Casa Branca.

Na noite de segunda, o presidente francês, Emmanuel Macron, deu seu parabéns algo constrangido a Putin. Isso porque Paris apoia Londres na disputa sobre o caso de Serguei Skripal, o ex-agente duplo russo envenenado numa cidade inglesa com sua filha.

O Reino Unido acusa a Rússia e tomou medidas como a expulsão de diplomatas, o que foi retaliado na mesma medida por Moscou. Para contemporizar, Macron incluiu uma cobrança por explicações sobre o episódio em sua mensagem.

A manifestação de Macron obedece à lógica do bolso. O presidente visitará a Rússia em março com uma grande comitiva de empresários, que pretendem reforçar os laços comerciais com Moscou —as sanções ocidentais à Rússia devido à anexação da Crimeia da Ucrânia em 2014 são aplicadas basicamente a indivíduos e algumas empresas em áreas específicas.

A mais importante liderança europeia, a chanceler alemã Angela Merkel, também demorou mas acabou por enviar suas congratulações a Putin ainda na segunda.

O russo teve 76,7% dos votos no pleito, um recorde pessoal atribuído à previsibilidade do sistema político russo, que segundo a Organização para Segurança e Cooperação na Europa não permite "competição real".

Além disso, houve fraudes de manipulação de urnas registradas no sistema de vigilâncias das seções eleitorais. Até aqui, a Comissão Eleitoral Central anulou a votação em sete postos de votação —de 97 mil pelo país.

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