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O governo do presidente americano, Donald Trump, emitiu nesta sexta-feira (21) um aviso de que revogará o status legal temporário de 530 mil cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos que entraram nos Estados Unidos nos últimos anos.
Segundo informações da agência Reuters, a medida entrará em vigor em 24 de abril. Esse status temporário foi concedido durante o governo de Joe Biden (2021-2025), por meio de um programa que permitia a migração por avião de pessoas dos quatro países e permanência nos Estados Unidos durante dois anos desde que tivessem “patrocinadores” no país mais rico do mundo.
Biden lançou o programa de entrada a princípio para venezuelanos em 2022 e o expandiu para cubanos, haitianos e nicaraguenses no ano seguinte, em meio a crises políticas, econômicas e sociais nos quatro países que estavam aumentando a pressão migratória na fronteira sul dos Estados Unidos.
A revogação do status legal desses imigrantes é mais uma medida contra a imigração tomada por Trump, que tem buscado aumentar os voos de deportação de ilegais.
No último fim de semana, os Estados Unidos enviaram um grupo de imigrantes ilegais para El Salvador, valendo-se de uma lei de 1798, alegando que eram integrantes do grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua e da gangue salvadorenha Mara Salvatrucha.
Um juiz havia bloqueado a utilização dessa lei, mas mesmo assim os voos seguiram para a América Central. A gestão Trump alega que os aviões já estavam a caminho quando saiu a ordem judicial. A disputa tramita na Justiça.
Na semana passada, a agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP, na sigla em inglês) informou que em fevereiro ocorreu uma queda de 94% no número de imigrantes ilegais presos na fronteira sul em relação ao mesmo mês no ano anterior e de 71% em relação a janeiro.
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