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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se ofereceu para ajudar em um processo para evitar a escalada nas hostilidades entre Índia e Paquistão, rivais geopolíticos históricos que nesta quarta-feira (7) protagonizaram a maior troca de ataques em décadas.
“Minha posição é que me dou bem com ambos. Conheço ambos muito bem e quero vê-los resolver isso. Quero vê-los parar, e espero que consigam parar agora”, disse Trump a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca, segundo informações da CNN.
“Eles estão revidando, então espero que consigam parar agora, mas eu conheço ambos. Nos damos muito bem com os dois países, temos boas relações com ambos, e quero que isso pare. E se eu puder fazer alguma coisa para ajudar, farei isso. Estarei lá”, afirmou o presidente americano.
As Forças Armadas do Paquistão disseram nesta quarta-feira que 31 civis morreram e 57 ficaram feridos em bombardeios realizados pela Índia durante a madrugada e na incessante troca de tiros ao longo da Linha de Controle, fronteira de fato entre os dois países na disputada região da Caxemira.
O ataque aéreo indiano ocorreu na madrugada e teve como alvo vários locais na província de Punjab, que fica na fronteira com a Índia, e na parte da região da Caxemira que faz parte do território do Paquistão.
De acordo com a versão indiana, o bombardeio foi limitado à “infraestrutura terrorista” em nove locais e não atingiu nenhum alvo civil, econômico ou militar paquistanês.
No entanto, o Paquistão afirma que o ataque indiano atingiu instalações civis, incluindo mesquitas e usinas hidrelétricas, contradizendo Nova Délhi.
O Comitê de Segurança Nacional do Paquistão, o principal órgão de segurança do país, concedeu às Forças Armadas a autoridade para responder ao ataque da Índia “na hora, no local e da maneira que julgar adequada”.
Pelo menos 15 pessoas foram mortas lado da Índia, de acordo com fontes oficiais do país, em uma troca de tiros subsequente com as forças paquistanesas ao longo da Linha de Controle, que ocorreu momentos após o bombardeio indiano.
A escalada de tensão entre as duas potências nucleares, que há muito tempo disputam o controle da Caxemira, começou no dia 22 de abril, quando homens armados mataram 26 pessoas em uma região turística da Caxemira indiana, um ataque terrorista pelo qual Nova Délhi culpa o país vizinho.
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