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Presidente Donald Trump faz um balanço do seu encontro com o presidente Vladimir Putin, da Rússia | NICHOLAS KAMM/AFP
Presidente Donald Trump faz um balanço do seu encontro com o presidente Vladimir Putin, da Rússia| Foto: NICHOLAS KAMM/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás e afirmou nesta terça-feira que respeita a conclusão das agências de inteligência do país a respeito da interferência da Rússia nas eleições de 2016. Na sexta-feira, 12 membros da inteligência russa foram indiciados pelo caso.

De certa forma, Trump desmente o que ele mesmo falou ontem. Em coletiva em Helsinque, na Finlândia, o líder americano disse que confiava na palavra do presidente russo, Vladimir Putin, que negou mais uma vez qualquer interferência no processo eleitoral. 

A declaração do presidente foi rechaçada por parlamentares americanos e pela opinião pública americana. Até aliados republicanos, como o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, criticaram Trump. 

Nesta terça, um crescente número de aliados pediu que o presidente tomasse medidas rápidas para aceitar as conclusões da comunidade de inteligência americana sobre a interferência russa nas eleições de 2016 e limitar os danos causados na coletiva na Finlândia.

Equivoco 

O presidente americano disse que se equivocou na entrevista coletiva com Putin, na segunda-feira, em Helsinque. Ele afirmou que quis dizer que não tinha nenhum motivo para duvidar de que a Rússia interferiu nas eleições.  "Eu aceito a conclusão da nossa comunidade de inteligência de que ocorreu a intromissão da Rússia na eleição de 2016", afirmou Trump, no primeiro compromisso ao voltar para os Estados Unidos. "Mas falo novamente... não houve qualquer conluio em torno da minha eleição." 

Leia também: ï»¿A cúpula entre Trump e Putin é um primeiro ato. Teremos o segundo?

Segundo a Reuters, Trump disse que as ações russas não tiveram impacto no resultado das eleições e que a administração pública vai trabalhar agressivamente para proteger as eleições para o Congresso, programadas para novembro.

Trump também tentou explicar o motivo do encontro com Putin. Ele disse que a relação entre os dois países se tornou "substancialmente melhor" e que é melhor negociar com o russo do que hostilizá-lo. "Lidar bem com a Rússia e com a China é algo bom para nós", disse. 

Sanções serão mantidas

O presidente americano garantiu ainda que não vai suspender qualquer sanção contra a Rússia e que respeita os aliados europeus, criticados por ele durante a viagem da semana passada ao Velho Continente. "Estamos trabalhando muito arduamente com os nossos aliados e continuaremos a ter grande união com os membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)", disse. 

Na coletiva de imprensa após a cúpula da Otan, na semana passada, Trump afirmou que os membros da aliança haviam concordado em "elevar substancialmente o seu compromisso ... em níveis nunca antes pensados." No entanto, outros líderes da Otan contestaram as afirmações de Trump, dizendo que eles simplesmente concordaram em cumprir compromissos assumidos anteriormente. 

 Apesar de Trump caracterizar a reunião da OTAN como positiva, vários aliados dos EUA ficaram ofendidos com suas maneiras bruscas. No início da cúpula, Trump afirmou que um acordo de gasoduto natural deixou a Alemanha "totalmente controlada" e "cativa para a Rússia".

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