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Corpos foram espalhados nas cercanias do templo Chamunda, na cidade histórica de Jodhpur, no estado indiano do Rajastão | Reuters
Corpos foram espalhados nas cercanias do templo Chamunda, na cidade histórica de Jodhpur, no estado indiano do Rajastão| Foto: Reuters

Como foi

Ao menos 147 fiéis morreram no tumulto em um templo no oeste da Índia. Entenda o que aconteceu:

> Por volta das 6 h (locais), houve correria na entrada do templo de Chamunda Devi, com a queda de uma barreira que separava homens de mulheres.

> Houve empurrões na fila masculina, e as pessoas tentaram, desordenadamente, recuar, o que gerou sufocamentos e vítimas pisoteadas.

> A situação foi agravada porque o templo fica numa das extremidades de um platô no alto de uma montanha 125 m acima da cidade de Jodhpur.

> Além disso, o local faz parte de um forte do século 15, cujas vias de acesso são íngremes, estreitas e tortuosas, e o uso de água de coco nos rituais hindus deixou o piso nas cercanias do templo escorregadio.

Fonte: Folhapress

  • Veja onde fica Jodhpur, na Índia

Jodhpur - Ao menos 147 pessoas morreram em decorrência de um tumulto na porta de um templo hindu na cidade de Jodhpur, no oeste da Índia. Por volta das 6 h locais, houve debandada na fila que reunia os homens na entrada do templo Chamunda Devi, para o primeiro dia de celebração do Navaratra, tradicional festival religioso hindu.

Uma barreira para conter os peregrinos cedeu, e houve pessoas pisoteadas e sufocadas nas vias de acesso ao templo. Mais de uma versão foi apresentada como causa do incidente.

Testemunhas relatam ter visto jovens homens escorregando e caindo sobre outras pessoas ao tentar escalar uma encosta que levava ao templo. Os administradores do prédio negam a informação e afirmam que um grupo de jovens peregrinos forçou passagem, gerando o tumulto.

Eles também rechaçaram que rumores de uma ameaça de bomba no local tenham agravado a debandada, gerando maior temor nos peregrinos.

"O estreito caminho ficou bem escorregadio’’, declarou o funcionário municipal Kiran Soni Gupta, que acompanhou o resgate. Segundo ele, a maioria dos mortos eram homens e não apresentavam contusões visíveis (sinal de que morreram por asfixia no tumulto).

Além do fato de os peregrinos hindus costumarem realizar suas caminhadas com os pés descalços, o que pode ter contribuído para os escorregões é a água de coco usada pelos fiéis nos rituais, que podem ter também oferenda de manteiga.

Isso teria agravado a situação, já difícil pela localização do ponto pretendido pelo fiéis. O templo Chamunda Devi integra o forte Mehrangarh, construção do século 15, estabelecida sobre a cidade de Jodhpur – um dos mais conhecidos centros do Estado do Rajastão, famoso por suas atrações turísticas.

A construção fica no alto de uma montanha, 125 metros acima da cidade. Por razões estratégicas, o local é de difícil acesso. O forte, hoje um museu, era usado como palácio do marajá de Jodhpur até meados do século passado e já foi o centro de um antigo reino indiano.

As vias para subir ao topo da construção, que se espalha por 5 quilômetros, são íngremes e tortuosas, próprias para barrar a entrada de um exército rival.

Dos poucos caminhos ao topo, apenas um é acessível por veículos como carros e ambulâncias. E fica a cerca de 2,5 km do ponto onde está o templo.

Dessa forma, as vítimas que chegaram a receber cuidados nos hospitais, tiveram que ser transportadas em macas improvisadas montanha abaixo.

Foi a quarta e mais grave ocorrência similar em peregrinações neste ano na Índia.

No início do mês passado, 145 pessoas (40 delas crianças) morreram numa debandada próxima a um templo no estado de Himachal Pradesh.

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