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O Ministério do Interior da Tunísia informou ontem que um toque de recolher será im­­posto na cidade de Sidi Bouzid, região central do país, por causa dos confrontos ocorridos na noite de quinta-feira.

"O toque de re­­colher vai vigorar a partir das 19h (16h em Bra­­sília) até 5h de amanhã será mantido toda noite até se­­gunda or­­dem", disse o porta-voz do Mi­­nistério, Hichem Meddeb.

Rached Ghannouchi, líder do partido islâmico Ennahda (Re­­nascença), que venceu as eleições realizadas no último final de semana, pediu calma na cidade de Sidi Bouzid, berço da revolução no país, após confrontos ocorridos durante a noite.

Cerca de 3 mil jovens marcharam pelo centro da cidade e saquearam prédios públicos em Sidi Bouzid, após o anúncio dos resultados eleitorais na quinta-feira. A polícia lançou gás lacrimogêneo contra a multidão e o Exército disparou tiros de advertência.

Os manifestantes protestavam contra a decisão tomada contra o partido que ficou em quarto lugar no pleito, o Areedha Cha­­abiya (Partido da Petição Popular). Seu líder, Hachemi Hamdi, anunciou na televisão nacional a renúncia dos 19 assentos que seu partido conquistara depois de a comissão eleitoral ter invalidado seis das listas do partido.

Sidi Bouzid tem um caráter simbólico, pois foi o local onde o vendedor de vegetais ateou fogo ao próprio corpo, um ato de protesto que se espalhou por todo o país e levou à realização de le­­vantes em vários países do mundo árabe.

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