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A polícia prendeu neste domingo (15) o ex-chefe da guarda presidencial e dúzias de outros suspeitos de tiroteios que aterrorizaram os tunisianos, como parte dos esforços para restaurar a tranquilidade na nação norte-africana.

Observadores do mundo todo buscam sinais sobre qual direção o país seguirá, enquanto uma nova liderança tenta conter saques, incêndios e a violência aleatória, desde que o presidente Zine El Abidine Ben Ali foi forçado a deixar a Tunísia, na sexta-feira.

Dúzias de pessoas morreram em um mês de conflitos entre a polícia e manifestantes zangados com a repressão e a corrupção do governo autocrático de Ben Ali - tumulto que, por fim, marcou o término do seu regime de 23 anos.

O chefe da guarda presidencial, Ali Seriati, e vários colegas foram detidos por acusações de conspirarem contra a segurança do Estado, informou a agência de notícias estatal TAP. Outros detalhes não estavam imediatamente disponíveis, mas agentes de segurança muitas vezes dispararam contra manifestantes desarmados no mês passado.

Mais de 50 pessoas foram presas desde sábado sob suspeita de usarem ambulâncias, carros alugados e veículos dos serviços de proteção civil em tiroteios, disse uma autoridade policial. Uma multidão comemorou hoje em Túnis quando a polícia abordou uma ambulância e prendeu o motorista. "Os criminosos estão usando ambulâncias para atirar nas pessoas", disse uma autoridade encarregada da segurança na região central, mostrando seu distintivo.

A violência de sábado gerou dúvidas sobre uma transição suave para era pós-Ben Ali: atiradores atacaram a polícia no Ministério de Interior e saques sitiaram bairros mais ricos, lojas de departamento e estabelecimentos comerciais da cidade.

Depois de uma noite em que tiros estalavam na capital, uma conhecida defensora dos Direitos Humanos voltou para casa em meio a uma mudança de poder sem precedentes para o mundo árabe. Souhayr Belhassen, que preside a Federação Internacional dos Direitos Humanos, desembarcou no aeroporto de Túnis e disse que seus conterrâneos parecem prontos para liberdades nunca vistas antes no país.

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