Turcos bombardeiam posições do PKK na fronteira com o Iraque

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A aviação turca bombardeou nesta quarta-feira (24) posições da guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) na fronteira com o Iraque, segundo a agência de notícias turca "Anatólia"

"Helicópteros Sikorsky e Cobra, assim como aviões de guerra, estão decolando da base aérea de Diyarbakir (a cidade mais importante do sudeste turco) para dar apoio aéreo e destruir os ninhos terroristas através de bombardeios", afirmou a agência.

Um dos objetivos da operação é cortar as vias de comunicação do PKK em uma zona especialmente montanhosa e de difícil acesso, segundo as mesmas fontes.

Estes bombardeios fazem parte da operação lançada pelo exército no domingo após a morte de 12 soldados turcos em uma emboscada do PKK no sudeste do país.

"Nas áreas onde ocorreram as operações, muitos refúgios terroristas e equipamentos foram destruídos", segundo a "Anatólia".

O exército turco realizou os primeiros ataques contra posições do PKK no norte do Iraque desde domingo passado, confirmaram hoje em Ancara fontes do governante Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP).

As fontes disseram que "as operações estão sendo feitas dentro do Iraque e podem continuar enquanto estamos falando".

O jornal "Yeni Safak", próximo ao AKP, afirmou em sua edição desta quarta que cerca de 8 mil soldados turcos entraram em várias bases do PKK após fortes bombardeios com aviões F-16 e helicópteros Cobra.

O diário acrescentou que aviões do tipo F-16 e artilharia estavam bombardeando "bases terroristas" no Iraque e que o Exército iniciou a perseguição de rebeldes do PKK.

Soldados capturados

A agência de notícias pró-curda "Firat", ligada aos separatistas curdos, publicou nesta terça-feira (23) o que apresentou como sendo fotos dos oito soldados turcos tomados como reféns neste domingo (21). "As fotos mostram que os soldados estão em boa saúde", informou a agência em seu site, mostrando-os sozinhos ou em grupo.

O PKK afirma ter capturado vivos os oito soldados turcos após uma emboscada feita pelo PKK perto da aldeia de Daglica e dos violentos combates de domingo entre o exército turco e os rebeldes curdos no sudeste do país. Doze soldados e 34 rebeldes foram mortos nos confrontos.

O exército turco confirmou nesta segunda-feira (22) que oito soldados foram dados como desaparecidos a partir destes choques.

O PKK afirmou que era a sétima vez que capturava soldados turcos desde o desencadeamento, em 1984, de uma sangrenta luta armada. O partido, considerado uma organização terrorista por Estados Unidos, Turquia e União Européia, revelou nesta segunda os nomes dos soldados capturados em comunicado publicado pela agência Firat.