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Milhares de turistas estrangeiros que se encontram retidos no sul do Chile desde o meio da semana poderão deixar a região neste sábado (15), por decisão dos organizadores de um protesto que mantém a cidade de Punta Arenas bloqueada.

O protesto é contra elevação de 17% no preço do gás, anunciado na manhã de quarta-feira. Os organizadores decidiram neste sábado abrir o bloqueio temporariamente e também permitir a entrada de suprimentos, segundo a imprensa local.

Uma nova rodada de negociações entre os manifestantes e o governo fracassou na sexta-feira à noite, após o subsecretário do Interior propor um aumento menor e gradual no preço do gás.

O gás produzido pela estatal Empresa Nacional del Petróleo (ENAP) é essencial nesta região, já que as temperaturas baixas fazem com que seu consumo para calefação seja alto durante todo o ano.

Turistas que visitavam o Parque Nacional Torres del Paine ficaram retidos em um bloqueio em Puerto Natales, uma cidade a 400 quilômetros de Punta Arenas. A Cruz Vermelha local informou que ofereceu abrigo e alimentação a cerca de 450 turistas.

Além disso, cerca de 2.500 turistas argentinos não conseguem deixar o país, já que os acessos às balsas que cruzam o estreito de Magalhães estão bloqueados.

Os protestos representam o primeiro grande desafio político do presidente Sebastian Piñera neste ano. Durante sua campanha eleitoral ele havia prometido que os preços do gás não subiriam, mas a companhia estatal de petróleo teve problemas para manter o fornecimento. O país importa 93% do gás que consome.

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